Fundador do Tinder investe em anel para monitorar a saúde mental do usuário
O Happy Ring possui sensores que medem a atividade eletrodérmica da pele, monitoram o humor e os níveis de estresse
A startup estadunidense Happy Health está desenvolvendo um anel que promete medir o estado mental do usuário. O Happy Ring (ou Anel Feliz, numa tradução livre) é uma ideia antiga do CEO da empresa e também cofundador do aplicativo de relacionamentos Tinder, Sean Rad.
- Saúde mental: como a tecnologia tem ajudado quem tem depressão?
- 80% dos apps de saúde mental não têm padrões mínimos de segurança e privacidade
Em vez de usar aquelas pedras coloridas de antigamente, que mudavam de cor dependendo do humor da pessoa que estava usando a peça, esse anel utiliza sensores biométricos e inteligência artificial (IA) para alertar os usuários sobre sua saúde mental.
"O Happy Ring tem um sensor de atividade eletrodérmica (EDA) que monitora a mudança dos níveis de estresse em tempo real. Essencialmente, o dispositivo funciona detectando quando o sistema nervoso simpático, que regula respostas de luta ou fuga, começa a aumentar", explica Rad.
Medindo o estado mental
Segundo especialistas, à medida que uma pessoa começa a ter pensamentos difíceis ou sentir emoções fortes, o cérebro responde de maneira diferente a esses estímulos. Os sensores EDA do anel conseguem medir as mudanças elétricas que ocorrem na pele, como pequenas quantidades de suor que se formam na palma da mão.
Esse sistema detecta o aumento de produção das glândulas sudoríparas, alimentado por um algoritmo treinado para identificar o estado emocional do usuário. O anel então faz um ajuste contínuo do modelo de IA de acordo com os dados biológicos de cada indivíduo.
"Se você está falando em público, está indo para o primeiro encontro, ou está sendo entrevistado para um emprego, suas mãos começam a suar um pouco. É justamente essa resposta emocional do suor que os sensores presentes no anel conseguem detectar e classificar", acrescenta o fundador da LVL Technologies, empresa parceira da Happy Health, Dustin Freckleton.
Depois do diagnóstico
Com os dados coletados pelo Happy Ring, um aplicativo personaliza os exercícios que o usuário deve fazer para ajudar a gerenciar os níveis de estresse, melhorar o humor e o bem-estar geral da pessoa. Essas atividades incluem trabalho respiratório, meditação e exercícios de relaxamento.
Os sensores do dispositivo também incluem quatro eletrodos de pele, quatro comprimentos de onda de luz, acelerômetros e dois indicadores de temperatura. Com uma bateria com autonomia de até três dias, o gadget ainda rastreia o sono e a atividade física diária do usuário.
O produto já está em pré-venda e a empresa não cobra nada pelo hardware. O modelo de negócios conta com planos mensais de assinatura a partir de US$ 20 (cerca de R$ 100 na cotação atual), que dão direito a análise de sono, monitoramento de estresse e frequência cardíaca.
"Nosso anel foi projetado seguindo padrões clínicos, mas ele não é um dispositivo médico. Ele é um gadget vestível de bem-estar, que dá ao usuário a oportunidade de mudar seu estado mental com base nas informações coletadas em tempo real", encerra Sean Rad.
Trending no Canaltech:
- Não é o Thor e nem o Hulk: Marvel diz quem é o Vingador mais forte
- Por que o coração de Dom Pedro I foi separado de seu corpo?
- Bactéria rara e mortal é encontrada nos Estados Unidos e gera alerta nacional
- Chevrolet confirma chegada do novo Bolt ao Brasil em setembro
- Queer Eye: Brasil | Quando estreia a versão nacional do reality show?