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"Gatonet" continua ativo nas favelas mesmo com bloqueio de TV boxes

Reportagem do UOL revelou que moradores preferem a TV por assinatura pirata por ser "mais barata"

27 fev 2023 - 12h23
(atualizado às 12h30)
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Anatel havia anunciado medidas de combate às transmissões ilegais de conteúdo
Anatel havia anunciado medidas de combate às transmissões ilegais de conteúdo
Foto: André Borges/Estadão Conteúdo

Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou no começo do mês que prestadores de serviços de telecomunicações cortassem o acesso de cerca de 5 milhões de TV boxes no Brasil. No entanto, uma reportagem do UOL revelou que aparelhos clandestinos, popularmente conhecidos como "gatonets", continuam sendo usados nas favelas do Rio de Janeiro. 

Funciona assim: o gatonet é fornecido por pessoas que trabalham ou já trabalharam em algum momento em empresas que oferecem TV por assinatura. Os interessados pagam, então, uma "taxa" ao tráfico ou à milícia, que replicam o sinal de forma pirateada. 

É diferente do aparelho conhecido como TV box ou “caixinha de TV”, que possibilita que as TVs comuns tenham, além de sinal de TV e TV por assinatura, acesso à internet e aos aplicativos de streaming, como se fossem uma smart TV.

Esses aparelhos precisam de homologação da Anatel — diferentemente do gatonet, que é um produto pirata. Um dos fornecedores ilegais, que preferiu não se identificar à reportagem do UOL, afirmou que tem cerca de 2.000 clientes e que essa alternativa veio para popularizar um serviço que antes era muito caro.

Com a decisão da agência, a ideia é combater servidores que hospedam canais pagos sem autorização e fornecem o sinal de forma indevida. A agência irá bloquear os endereços de IP, impedindo que as TV boxes se conectem e reproduzam os canais pagos.

Em média, uma TV por assinatura custa mais de R$ 70 por mês. No gatonet, a depender do "negócio", o cliente compra a TV box e paga uma taxa única para a liberação do sinal ilegal. 

Fonte: Redação Byte
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