Gêmeos confundem sistemas de reconhecimento facial; por que isso acontece?
Algoritmos de inteligência artificial têm dificuldade em distinguir gêmeos com rostos muito parecidos
Gêmeos idênticos podem enfrentar problemas com seus cadastros em sistemas de reconhecimento facial, segundo reportagem da Folha de São Paulo publicada no domingo (10).
As ferramentas de biometria que usam dados do rosto têm dificuldade em distinguir gêmeos univitelinos, originários do mesmo óvulo. Os problemas vão desde o cruzamento de cadastros em sistema de segurança de condomínios até o bloqueiro de contas em instituições financeiras.
Em alguns casos, empresas optam por pedir vídeos dos irmãos, cada um com a sua identidade, para a comprovação, segundo a Folha. Entretanto, o inconveniente pode tomar proporções ainda maiores quando os gêmeos não têm proximidade física ou até mesmo afinidade emocional.
Por que isso acontece?
Os gêmeos idênticos, que compartilham o mesmo DNA, possuem feições faciais tão parecidas que enganam os algoritmos de identificação, que se baseiam em medidas faciais específicas, como a distância entre os olhos ou a altura do nariz.
Refinar essa análise é caro: apesar de existirem ferramentas mais avançadas, que prometem distinguir microexpressões de gêmeos idênticos, não são todas as empresas que têm capacidade de investir na tecnologia de ponta.
Algumas instituições buscam combinar biometria facial com outras informações, como geolocalização e IP de acesso, para resolver o impasse.