GM vai suspender por 5 anos venda de dados de localização de veículos
A montadora norte-americana General Motors e a subsidiária OnStar concordaram em não divulgar dados confidenciais de geolocalização de veículos e de comportamento de motoristas a agências de informação ao consumidor por cinco anos, informou a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos.
A agência alegou que a maior montadora dos EUA coletou, usou e vendeu dados precisos de geolocalização dos motoristas e informações sobre o comportamento do motorista de milhões de veículos, que podem ser usados para definir as taxas de seguro, sem notificar os consumidores e obter consentiment deleso.
Os veículos coletaram automaticamente dados sobre frenagem brusca, direção noturna e excesso de velocidade e essas informações foram vendidas para agências de relatórios sem a permissão dos motoristas. As agências usaram os dados para compilar relatórios que as seguradoras, às vezes, usaram para negar seguro e, em alguns casos, aumentar o valor cobrado dos clientes.
A GM informou em um comunicado na quinta-feira que encerrou o programa Smart Driver no ano passado. A empresa alegou que o programa foi criado com o objetivo de promover a direção segura, analisando e fornecendo aos motoristas feedback sobre seus hábitos de direção.
"Estamos mais comprometidos do que nunca em tornar nossas políticas e controles claros e acessíveis à medida que continuamos a desenvolver a experiência de dirigir para nossos clientes", disse a GM.
A montadora também deve obter o consentimento dos motoristas para coletar dados e permitir que eles excluam ou limitem os dados como parte do acordo.
O caso é um dos vários que a FTC, liderada pelos democratas, está divulgando antes da posse do presidente eleito Donald Trump, republicano, na segunda-feira.