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Golpe do Pix cria clone digital de empresária do DF para receber dinheiro

Criminosos utilizam imagem da vítima para promover pirâmide virtual, deixando amigos lesados e polícia em busca dos responsáveis

25 out 2023 - 15h06
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Amigos de empresária acreditaram que conteúdo gerado por IA era genuíno e depositaram quantias em Pix entre R$ 300 e R$ 1.000
Amigos de empresária acreditaram que conteúdo gerado por IA era genuíno e depositaram quantias em Pix entre R$ 300 e R$ 1.000
Foto: fdr

A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando um caso que utilizou inteligência artificial e a foto de perfil da rede social da vítima, uma empresária de 40 anos, para criar um vídeo incentivando seus seguidores a participar de um esquema de pirâmide virtual de transferências por Pix

Segundo reportagem do UOL, um clone digital de Gizele Mendes afirma no vídeo que ganhou dinheiro com o esquema. Alguns de seus amigos das redes sociais acreditaram que o conteúdo gerado por IA era genuíno e depositaram quantias em Pix entre R$ 300 e R$ 1.000. 

Dona de um restaurante na região de Samambaia, no DF, ela usa suas redes sociais para promover seu cardápio. No dia do ocorrido, ela tentou acessar sua conta e não conseguiu. Achando que era um erro da plataforma, Gizele seguiu seu dia de trabalho. Algumas horas depois, ela recebeu uma ligação de uma amiga, que queria confirmar a veracidade do vídeo. 

A amiga de Gizele desconfiou porque a empresária nunca havia compartilhado conteúdo semelhante. A mensagem prometia grandes lucros, como R$ 1.500 para um depósito de R$ 300 e R$ 2.500 para um depósito de R$ 500, e assim por diante.

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Diante do ocorrido, buscou a ajuda de um hacker para recuperar sua conta e fez um boletim de ocorrência. A polícia está investigando os crimes de falsidade ideológica e estelionato, mas até a noite de terça (24), nenhum dos responsáveis havia sido identificado. Três pessoas que realizaram depósitos ainda não haviam recuperado seu dinheiro.

De acordo com o depoimento da vítima, a situação foi desesperadora. Ela afirma que nunca tinha gravado nada parecido. Ainda, começou a receber ligações de conhecidos dizendo que tinham feito depósitos, e ela precisou informá-los que era um golpe.

O especialista em inteligência artificial e engenheiro de software Paul Hodel disse ao UOL que a clonagem de voz de uma pessoa pode ocorrer com "apenas três segundos de amostragem de áudio", como uma ligação por engano. Além disso, fotografias postadas em redes sociais podem ser usadas para gerar o vídeo no modelo deepfake, em que um rosto é digitalmente aplicado sobre a face de outra pessoa. 

Fonte: Redação Byte
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