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Google: conheça as alternativas ao gigante das buscas

19 jul 2013 - 06h34
(atualizado às 09h27)
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O Google, empresa por trás do famoso site de buscas, anda bastante ocupado. Nas últimas semanas, a empresa apresentou uma nova ferramenta que trata e corrige fotos de sua rede social, o Google+; lançou balões de ar com equipamentos que levarão o acesso a internet quase ao espaço; inaugurou um novo serviço de música por streaming, o Google Play Music All Access; deu pistas sobre um novo smartphone, o Moto X, e revitalizou seu sistema de mapas.

Em breve também trará ao mercado o Google Glass, um óculos que terá recursos para tirar fotos e filmar e permitirá também a navegação por GPS.

Mas quando a gigante do setor de tecnologia divulgar seu próximo balanço financeiro, investidores estarão preocupados com outra coisa: o desempenho do negócio de anúncios online do Google, sua principal fonte de lucro.

A predominância do Google entre os buscadores na internet já não é mais tão grande assim.

Na Grã-Bretanha, de todas as buscas feitas no país, a empresa responde por 90% das que são feitas em computadores e 92% das feitas pelo celular, de acordo com dados da empresa de análise Statcounter.

Mas, nos Estados Unidos, somente 78% das pessoas que usam computadores para fazer buscas ainda se mantêm fiéis à empresa.

No Brasil, de acordo com um levantamento da consultoria Serasa Experian feito neste ano, o site Google Brasil era o líder entre os buscadores, sendo usado em 73,83% das buscas realizadas no país no período de quatro semanas encerrado em 30 de março. Em segundo lugar ficou o Bing Brasil, da Microsoft, com 9,91%.

Em outros países, como Rússia, China e Coreia do Sul, a empresa vive uma situação pior, com forte concorrência de sites de busca locais.

"Algum tempo atrás, o Google era claramente um motor de busca melhor, mas agora já podemos debater essa questão", afirma Greg Sterling, analista que escreve para o site de notícias sobre tecnologia Search Engine Land.

"No entanto, o poder da marca Google, juntamente com sua estratégia agressiva em meios portáteis (celulares e tablets, por exemplo) solidificou sua liderança na maioria dos mercados num futuro próximo".

"Nada é certo, mas é difícil imaginar algum concorrente - fora de países na Ásia e da Rússia - ganhando espaço significativo na área de buscas na rede", ressalta Sterling.

Ainda assim, outras empresas continuam a oferecer alternativas ao gigante das buscas e até mesmo tentando repensar a tecnologia por trás das pesquisas na internet. Conheça algumas delas:

Bing

O Bing, da Microsoft, é o principal concorrente do Google se pensarmos em termos globais, ainda que tenha menos de um vigésimo de tráfico total, de acordo com o StatCounter.

A mais óbvia diferença entre o Bing e o Google é que, no caso do sistema de buscas da Microsoft, fotografias coloridas compõem o fundo de sua página inicial, com áreas que destacam links relativos ao tema pesquisado.

A Microsoft também está tentando associar o Bing às redes sociais.

Nos Estados Unidos, os usuários do serviço conseguem ver uma barra lateral que sugere amigos no Facebook que podem ser capazes de ajudá-lo com uma pesquisa em particular

Yandex

O site de buscas mais popular da Rússia, Yandex, tem versões para a pesquisa em inglês, turco e ucraniano, entre outras línguas.

A empresa está introduzindo uma novidade nos seus resultados de pesquisa, entre elas um recurso chamado "ilhas".

As ilhas são blocos de informação que se integram visualmente à página de busca, fazendo com que o usuário não precise sair do buscador e entrar em outros sites para realizar determinadas atividades.

Por exemplo, uma pesquisa por Aeroflot check-in in Moscow ("Aeroflot check-in em Moscou", em tradução livre), vai trazer à tela um bloco (ilha), permitindo que o usuário faça check-in online na companhia aérea russa sem ter que sair do Yandex e entrar no site da companhia aérea Aeroflot.

Uma pesquisa por optometrist city clinic 57 ("optometrista cidade clínica 57") permitiria à pessoa marcar uma consulta com um especialista em outra ilha que aparece no Yandex, sem sair do buscador.

DuckDuckGo

O DuckDuckGo coloca a privacidade como sua principal característica, prometendo não coletar ou compartilhar informações sobre seus usuários ─ um tema delicado depois das revelações de que o Google, a Microsoft e outras empresas passaram informações pessoais de usuários para a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, na sigla em inglês).

O tráfego do DuckDuckGo deu um salto depois que detalhes sobre o programa de espionagem conduzido pela NSA, o Prisma, vazaram ao público. No entanto, alguns questionam se o buscador pode realmente prevenir a NSA de "fuçar" os dados de usuários caso a agência esteja determinada a fazê-lo.

O DuckDuckGo também afirma ser visualmente mais "limpo" que seus rivais ─ em parte porque o site se limita a exibir apenas um anúncio publicitário por cada página de resultados ─ e não personaliza os resultados, argumentando que impede que seus usuários fiquem presos em "bolhas criadas por filtros".

Blippex

A maioria dos sistemas de busca na internet baseia seus resultados na análises das palavras e dos links que estão em uma página.

No caso do Blippex, o site ordena a busca de acordo com um ranking próprio ─ o DwellRank ─ que verifica o tempo que as pessoas gastam navegando em uma página depois de clicarem no link.

Quanto mais segundos o usuário permanece num site, mais importante o DwellRank julga que esse endereço é.

O serviço consegue estas informações pedindo a voluntários para instalarem um arquivo em seus computadores que envia de volta informações sobre a atividades deles anonimamente.

O Blippex foi lançado no começo do mês e alguns de seus usuários podem achar os resultados de suas buscas um pouco incomuns, mas os desenvolvedores do buscador garantem que quanto mais pessoas utilizarem o sistema, melhor o site se tornará.

Wolfram Alpha

O Wolfram Alpha se descreve como um "sistema computacional de conhecimento" e não se vende como um site de buscas no sentido mais restrito da definição, ainda que muitas pessoas o utilizem para pesquisar informações que estão em outros sites.

Ao invés de entregar resultados no formato de uma lista de links para outros sites, o Wolfram Alpha reúne informações e estatísticas de fontes primárias e estrutura os dados, permitindo também compará-los com outras bases de dados, e apresentando o resultado em uma série de tabelas, gráficos e ilustrações.

O buscador também cobra por uma opção "pro", que permite que os usuários forneçam ao site suas próprias suas imagens e estatísticas para análise, o que favoreceria a apresentação de melhores resultados a cada busca.

Blekko

A característica mais atraente comercialmente do Blekko é o uso de uma ferramenta batizada de "slashtag" (se refere ao termo slash, a barra "/" do teclado), que é capaz de filtraras informações que o usuário quer receber.

Por exemplo, se uma pessoa quer saber onde comprar um bolo de chocolate, ela pode digitar "bolo de chocolate / loja / restaurante". Mas se ele quer ver uma lista de artigos sobre esse assunto com os mais recentes no topo, ele deve digitar "bolo de chocolate / blog / data".

Dessa forma, os resultados são agrupados em diferentes categorias ─ como lojas, receitas e decoração de bolo ─, para ajudar os usuários a focar no tipo específico de resultados que eles desejam.

Naver

O site de buscas mais utilizado da Coreia do Sul, Naver, foi criado por um grupo de ex-funcionários da Samsung e lançado em 1999.

As buscas dão resultados pouco comuns, com longas listas de links agrupados de acordo com a fonte ─ blogs, redes sociais, propagandas, aplicativos, livros e serviços de notícia.

Os links geralmente levam os usuários para os serviços do próprio Naver, incluindo seus "cafés" ─ espécies de fóruns onde pessoas com os mesmos interesses trocam informações sobre um tema em particular.

No início do mês de julho, a Comissão de Comércio Justo (FTC, na sigla em inglês) da Coreia do Sul, o organismo antimonopólio do país, anunciou que está investigando a empresa por supostas práticas anticompetitivas.

Pipl

O Pipl se especializou em encontrar detalhes sobre uma pessoa específica ou material que essa pessoa postou na rede. Ele permite que as buscas sejam baseadas em um nome, um endereço de e-mail, um nome de usuário ou um número de telefone.

Os desenvolvedores do buscador dizem que o produto mostra resultados que seus rivais não encontram porque o Pipl "entra na internet profunda" (expressão que se refere ao conteúdo disponível na rede que não é indexado pela maior parte dos buscadores padrão).

Esses resultados incluem informações de perfis de redes sociais, registros judiciais, diretórios de membros (de grupos ou organizações) e outras bases de dados.

Os resultados também incluem fotos e, às vezes, os nomes de outras pessoas que o "procurado(a)" conhece.

O Pipl pode até soar como o sonho dos detetives particulares, mas as pessoas podem utilizar o serviço como uma forma de rastrear perfis e postagens que elas próprias fizeram no passado, mas se esqueceram.

Baidu

O Baidu é, de longe, o site mais popular da China, espremendo o mercado do Google no país.

A empresa diz que sua força está no fato de não fornecer somente links como resultado das buscas, mas, em vários casos, dar a informação exata que o usuário quer. Isso pode incluir músicas, vídeos ou até mesmo aplicações interativas na internet.

Por enquanto, o serviço exige que seus usuários sejam proficientes em chinês. No entanto, o Baidu lançou recentemente uma versão em inglês voltada para desenvolvedores estrangeiros que queiram vender aplicativos para a China.

Yacy

O motor de busca do Yacy se baseia no princípio de rede peer-to-peer, que permite que cada computador da rede compartilhe e receba dados sem que eles passem por um servidor central.

Por isso, ao invés de utilizar seus próprios servidores para indexar links da internet, o sistema se apoia nos computadores de seus usuários para fazer o trabalho por meio de um software distribuído pela empresa.

A informação rastreada é compartilhada em uma base de dados comum, cujos fragmentos estão distribuídos pela rede.

Já que a resposta para uma busca é obtida dos computadores de voluntários ─ e não de um portal central ─ o Yacy diz que é impossível censurar seus resultados.

No entanto, os algoritmos que o buscador utiliza para criar um ranking dos resultados não é tão avançado quanto o de seus rivais tradicionais, o que o torna menos atraente para pessoas além de um grupo de entusiastas do serviço.

StartPage

O StartPage diz que seus serviços foram "melhorados pelo Google" ─ uma referência bem-humorada ao fato de ele depender da empresa para obter seus resultados.

Sua principal característica é retirar todo tipo de informação que identifique os usuários antes de começar as buscas, impedindo que o Google consiga rastrear informações pessoais ou instalar cookies (dados que o navegador armazena no computador do usuário ─ como a senha que a pessoa usou para entrar em seu e-mail) nos computadores de quem faz a pesquisa.

A empresa por trás do produto ─ a Surfbord Holding, que fica na Holanda ─ garante que as informações de seus clientes são mantidas longe do alcance de programas de coleta de informações, como o Prisma, da Agência Nacional de Inteligência americana.

Tudo isso pode parecer bom para os usuários de internet que são mais conscientes sobre questões de privacidade. Por outro lado, o resultado das pesquisas não pode ser personalizado para cada usuário, porque não pode utilizar o histórico do navegador da pessoa e nem a informação sobre a localização do computador.

O StartPage garante que isso torna seus resultados mais "puros".

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