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Google cria “lei robô” para impedir que máquinas matem pessoas

Gigante tech fez mais de mais de 77 mil testes com 53 robôs para testar conjunto próprio de de "Leis da Robótica"

5 jan 2024 - 11h28
(atualizado às 14h43)
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Equipe de robôtica e IA do Google testa regras inspiradas na literatura sci-fi
Equipe de robôtica e IA do Google testa regras inspiradas na literatura sci-fi
Foto: Google

A DeepMind, equipe de robótica e inteligência artificial (IA) do Google, anunciou na quinta-feira (4) a criação de uma "Constituição Robô".

O conjunto de regras é inspirado nas Três Leis da Robótica, idealizadas por Isaac Asimov, marcante escritor da literatura sci-fi. O objetivo é estabelecer a segurança de que, em relações cada vez mais cotidianas, as máquinas não representem uma ameaça física aos humanos.

A novidade vem junto com o novo sistema de coleta de dados AutoRT, que emprega um modelo de linguagem visual (VLM) e um modelo de linguagem de grande escala (LLM) para ensinar os robôs a entender o ambiente e se adaptar a cenários não familiares, decidindo sobre tarefas apropriadas.

A "Constituição Robótica" consiste em um conjunto de instruções focadas na segurança, orientando o LLM a evitar tarefas que envolvam humanos, animais, objetos cortantes e até aparelhos elétricos.

Por exemplo, a DeepMind programou os robôs para pararem automaticamente se a força em suas articulações ultrapassar um limite pré-estabelecido e incluiu um botão físico de emergência para que operadores humanos possam desativá-los.

Google se inspirou na literatura sci-fi para "domar" robôs
Google se inspirou na literatura sci-fi para "domar" robôs
Foto: Reprodução/Eu, Robô (2004)

Leis da Robôtica

As Três Leis da Robótica, criadas por Asimov, são um conjunto de regras ficcionais que se tornaram um marco na literatura de ficção científica e na filosofia da tecnologia.

Elas foram introduzidas pelo autor em 1942 e desde então têm influenciado não apenas a ficção, mas também as discussões reais sobre a ética da inteligência artificial e da robótica. 

  • Primeira Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal. 
  • Segunda Lei: Um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos, exceto quando tais ordens entram em conflito com a Primeira Lei.
  • Terceira Lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que essa proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Lei. 

Robôs podem ter sentimentos? Robôs podem ter sentimentos?

Ao longo de sete meses, a Google testou uma frota de 53 robôs AutoRT em quatro diferentes prédios de escritórios, realizando mais de 77 mil testes.

Algumas máquinas eram controladas remotamente por humanos, enquanto outras operavam baseados em script ou completamente autônomos, utilizando o modelo de aprendizado de IA Robotic Transformer (RT-2) do Google.

Os robôs utilizados nos testes possuem um design funcional e não focam na estética, sendo equipados apenas com câmera, braço robótico e base móvel.

Veja funcionamento

"Para cada robô, o sistema usa um VLM para entender o ambiente e os objetos à vista. Em seguida, um LLM sugere uma lista de tarefas criativas que o a máquina poderia realizar, como 'Colocar o lanche no balcão', e decide qual tarefa é apropriada para o robô a executar", destacou o Google em seu blog.

Fonte: Redação Byte
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