Google deixará de responder diretamente os pedidos de dados do governo de Hong Kong
O Google, da Alphabet, disse nesta sexta-feira que não fornecerá mais dados em resposta a solicitações das autoridades de Hong Kong, após a promulgação de uma nova lei de segurança nacional imposta pela China.
A gigante da tecnologia dos EUA não compartilhou nenhum dado desde que a nova lei entrou em vigor em junho e não responderá diretamente a essas solicitações daqui em diante, acrescentou.
"Como sempre, autoridades fora dos Estados Unidos podem buscar dados necessários para investigações criminais por meio de procedimentos diplomáticos", disse o Google em comunicado.
O Google analisou todas as solicitações de dados e rejeitou as "muito amplas" para proteger a privacidade dos usuários, acrescentou.
O jornal Washington Post noticiou nesta sexta-feira que o Google pararia de responder diretamente os pedidos de dados das autoridades de Hong Kong, o que implica que a empresa agora trataria Hong Kong da mesma forma que trata a China continental.
O Google notificou a polícia de Hong Kong na quinta-feira que instruiria as autoridades a perseguir qualquer pedido de dados por meio de um Tratado de Assistência Jurídica Mútua com os Estados Unidos, que envolve o encaminhamento pelo Departamento de Justiça dos EUA, informou o Washington Post.
Em julho, Facebook, Google e Twitter suspenderam o processamento de pedidos de dados de usuários do governo de Hong Kong.