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Google é acusado pela morte de motorista que teria sido direcionado para ponte que desabou 9 anos antes

O Google enviou condolências à família da vítima e afirmou que está avaliando o caso.

21 set 2023 - 16h37
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Imagem mostra ponte que desabou havia quase uma década
Imagem mostra ponte que desabou havia quase uma década
Foto: Arquivo pessoal / BBC News Brasil

A família de um americano que se afogou depois de cair de uma ponte que desabou afirma que ele morreu porque o Google não atualizou seus mapas.

A família de Philip Paxson está processando a empresa pela morte dele, alegando que o Google, por negligência, não conseguiu mostrar que a ponte havia caído nove anos antes.

Paxson morreu em setembro de 2022 após tentar passar de carro pela ponte danificada em Hickory, no Estado americano da Carolina do Norte.

Um porta-voz do Google disse que a empresa estava analisando as alegações. O caso foi aberto no tribunal civil do Condado de Wake na terça-feira (19/9).

Paxson, pai de duas filhas, voltava para casa depois da festa de aniversário de 9 anos da filha dele, que ocorreu na casa de um amigo.

Ele estava em um bairro desconhecido no momento de sua morte, de acordo com o advogado da família.

A mulher dele havia levado as duas crianças mais cedo para casa e ele ficou para trás para ajudar na limpeza.

"Não familiarizado com as estradas locais, ele confiou no Google Maps, esperando que ele o direcionasse com segurança para casa, até sua esposa e filhas", disseram os advogados da família em um comunicado anunciando o processo.

"Tragicamente, enquanto dirigia com cautela na escuridão e na chuva, ele seguiu as instruções desatualizadas do Google para o que a família descobriu mais tarde ser chamada de 'Ponte para lugar nenhum', colidindo com Snow Creek, onde ele se afogou."

O Google enviou condolências à família da vítima e afirmou que está avaliando o caso
O Google enviou condolências à família da vítima e afirmou que está avaliando o caso
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

'Sem palavras'

Moradores locais fizeram diversos pedidos ao Google para que mudasse os mapas online depois que a ponte desabou em 2013, afirma o processo.

As barreiras que normalmente eram colocadas na entrada da ponte desapareceram por conta do vandalismo, de acordo com a publicação local Charlotte Observer.

A ação também processa três empresas locais, argumentando que elas tinham o dever de manter a ponte.

"Nossas meninas perguntam como e por que o pai delas morreu, e estou sem palavras para que elas possam entender", disse a esposa da vítima, Alicia Paxson, em um comunicado.

"Como adulta, ainda não consigo entender como os responsáveis pelas indicações do GPS e pela ponte podem ter agido com tão pouca consideração pela vida humana."

A empresa se manifestou oficialmente. "Desejamos as mais profundas condolências à família Paxson", disse um porta-voz do Google à AP News.

"Nosso objetivo é fornecer informações precisas de rotas no Maps e estamos analisando esse processo."

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