Google fecha loja de aplicativos para o Chrome
Uma promessa feita pela Google há mais de um ano foi cumprida nesta quinta-feira (07), quando a empresa fechou a loja de aplicativos para o Chrome no Windows, Mac e Linux. As soluções para o navegador não podem mais ser baixadas nestes sistemas operacionais, enquanto as já instaladas continuam funcionando, pelo menos, até o início do ano que vem. A única exceção são as máquinas com Chrome OS.
Em todas as outras, entretanto, não é mais possível acessar o marketplace de softwares. A instalação, entretanto, continua sendo possível a partir de sites de desenvolvedores, que tenham links dedicados para as soluções. Não é mais possível, entretanto, buscar aplicativos a partir da própria loja online da Google.
Isso porque, segundo a empresa, eles simplesmente não funcionavam mais como deveriam, apresentando diversas falhas, brechas de segurança ou prometiam fazer algo que não eram capazes de alcançar. Isso levou a uma penetração baixíssima, com apenas 1% dos usuários dos sistemas operacionais Windows, Linux e Mac utilizando tais recursos.
Isso também se deve ao fato de muitas das opções disponíveis serem meros links para websites, o que derrotava o propósito de uma instalação, quando a alternativa era, apenas, digitar um endereço. Os outros casos, chamados de "packaged apps", eram mais sofisticados, mas ainda assim os usuários costumavam preferir o uso de soluções efetivamente instaladas no próprio sistema operacional.
A mudança, entretanto, não atinge as famosas e conceituadas extensões para o Google Chrome. Elas não vão a lugar algum e continuarão exercendo o propósito de incrementarem a navegação pela rede, com recursos como lembretes de senhas, ocultamento de anúncios, silenciamento de termos - uma boa artimanha para quem quer fugir dos spoilers, por exemplo - e tantos outros recursos adicionais.
Com tudo isso, a ideia da Google é fomentar o uso de Apps Web Progressivos, ou PWA, na sigla em inglês. São soluções que rodam a partir dos websites, que podem até assumirem a tela cheia e funcionarem de forma offline. É, basicamente, o que os aplicativos para o Chrome faziam, entretanto sem que eles dependam do navegador, mas sim dos sites de seus responsáveis.
Os recursos também trazem integração, já que o usuário pode ser capaz de utilizar a mesma solução em um computador com Windows, um tablet Android e um celular com iOS, com pouquíssima ou nenhuma mudança de usabilidade ou interface. Essa categoria de aplicativos, inclusive, já funciona no sistema operacional móvel da própria Google e tem lançamento de suporte para desktops agendado até o começo do ano.
Depois disso, então, começa o incentivo para que desenvolvedores efetivamente utilizem os PWAs, algo que a empresa vê começando a acontecer com mais força em meados do ano que vem. A ideia é garantir que as soluções funcionem também em outros navegadores, mais uma vantagem sobre os softwares atuais, exclusivos para o Chrome.
Empresas como a Samsung, Firefox e Opera já estão ao lado da Google, se comprometendo a garantir que suas soluções funcionem com os PWAs, bem como a Microsoft, que disse que vai dar suporte nativo às soluções no Windows 10. A Apple, timidamente, também vem aplicando esse conceito ao Safari.
Fica a dúvida, no final das contas, sobre o que vai acontecer com o Chrome OS em si. Outro esforço de integração da Google, separado da mudança realizada agora, prevê que os computadores com o sistema operacional serão capazes de rodar os mesmos softwares disponíveis para o Android. Entretanto, essa ainda não é a verdade para computadores mais antigos, com o temor de muitos usuários, agora, sendo uma fragmentação do ecossistema e a obsolescência de máquinas com alguns anos de idade.