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Google Home, Alexa e Siri podem atrapalhar aprendizado das crianças

Assistentes de voz podem ser negativos para o desenvolvimento e habilidades como empatia, compaixão e senso crítico

3 out 2022 - 05h00
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Crianças podem passar a alterar seu tom de voz, volume, ênfase e entonação por conta de assistentes de voz
Crianças podem passar a alterar seu tom de voz, volume, ênfase e entonação por conta de assistentes de voz
Foto: Heiko / Pixabay

Se você acha as assistentes de voz boas companheiras para as crianças, melhor pensar duas vezes. Um novo estudo da Universidade de Cambridge, publicado na terça-feira passada (27), mostrou que plataformas como Google Home, Alexa e Siri podem prejudicar os desenvolvimentos social e cognitivo dos pequenos a longo prazo. 

Atraso no aprendizado e dificuldade em desenvolver habilidades como empatia, compaixão e pensamento crítico estão entre os alertas do estudo. 

O pesquisador em medicina clínica e coautor do artigo, Anmol Arora, disse ao jornal britânico The Guardian que “a primeira preocupação é que crianças atribuam características e comportamentos humanos a aparelhos treinados para formar frases”, como é o caso dos alto-falantes inteligentes que permitem a comunicação com os assistentes de voz.

Mantendo contato com essas tecnologias, as crianças podem antropomorfizar e depois emular os eletrônicos. Ou seja, na prática, elas passam a alterar seu tom de voz, volume, ênfase e entonação. 

Outro problema apontado na pesquisa é a falta de expectativa das máquinas para que as crianças digam palavras como “por favor” e “obrigado”. Também preocupa a limitação dos assistentes nos tipos de perguntas que são capazes de responder. “Isso fará com que os pequenos aprendam formas muito restritas de questionamento e sempre na forma de uma demanda”, afirmou Arora.

Alexa já orientou a uma criança de dez anos a tocar em um plugue elétrico na tomada com uma moeda
Alexa já orientou a uma criança de dez anos a tocar em um plugue elétrico na tomada com uma moeda
Foto: Finn / Pixabay

Perigo de exposição aos assistentes de voz

Para além de todas essas questões, as assistentes de voz têm dificuldade em reconhecer as formas peculiares com as quais as crianças se comunicam. Quanto mais jovens, mais difícil pronunciar as palavras corretamente, e se o assistente de voz interpreta alguma informação erroneamente, isso pode expôr as crianças a questões inapropriadas. 

Um exemplo citado no artigo é o caso em que uma Alexa orientou a uma criança de dez anos a fazer um desafio de tocar em um plugue elétrico conectado na tomada com uma moeda. A “brincadeira”, que fez sucesso no TikTok no ano passado, resulta em um choque elétrico e pode ser perigosa.

“Esses aparelhos não entendem o que estão dizendo”, disse Arora. “Tudo o que fazem é regurgitar algumas informações em resposta a uma consulta restrita sem nenhuma compreensão real de segurança ou de quem está ouvindo”.

A presidente de pesquisa do Canadá em uso de mídia digital por crianças, Caroline Fitzpatrick, também deu entrevista ao Guardian e acredita que não há tanto com o que se preocupar desde que se mantenha limites recomendados de uso.

"É verdade que as crianças precisam de contexto e pistas ricas para aprender e desenvolver vocabulário que, no momento, não consegue passar por interações com a tecnologia porque só fornece informações, ferramentas e contextos muito mínimos", disse ela.

"Mas enquanto os pais mantiverem os limites recomendados para as crianças, e eles estiverem recebendo uma quantidade saudável de interação de seus cuidadores e colegas, então eu não acho que deve haver motivo para alarme", acrescentou.

Fonte: Redação Byte
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