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Google ofereceu US$ 147 milhões para Epic Games lançar Fortnite no Android

9 nov 2023 - 17h52
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O julgamento entre a Epic Games e o Google que começou esta semana nos Estados Unidos revelou um novo detalhe sobre a relação entre as duas companhias. 

Segundo o The Verge, documentos apresentados no tribunal confirmam que o Google chegou a oferecer US$ 147 milhões, aproximadamente R$ 725 milhões, em conversão direta, para que Fortnite fosse lançado dentro da Play Store.

O caso aconteceu em 2018 e as negociações avançaram até certo ponto, mas o estúdio rejeitou o valor. O investimento seria pago durante três anos e garantiria que o fenômeno mobile faria parte do ecossistema do Android, inclusive com a Google recebendo 30% de todas as microtransações de armas, skins e itens cosméticos realizadas em tablets e smartphones.

Em defesa das críticas sobre essa ser uma prática anticompetitiva de mercado, a Google alega que a medida foi uma tentativa de evitar um "contágio", ou seja, que outros jogos também sugerissem uma instalação externa no sistema.

O fenômeno Fortnite é o fruto da disputa entre as companhias.
O fenômeno Fortnite é o fruto da disputa entre as companhias.
Foto:  Epic Games  / Tecmundo

Segundo as estimativas da companhia, a ausência de Fortnite da loja significaria que a Google deixava de ganhar até US$ 250 milhões — um valor que aumentaria bastante se envolvesse outros títulos de sucesso.

O julgamento deve seguir nas próximas semanas, com a Epic Games acusando a rival de tentativa de monopólio por temer concorrência no próprio sistema.

Relembre a polêmica com Fortnite

A ação judicial foi movida pela Epic Games em 2020, quando Fortnite foi banido tanto da Google Play Store quanto da App Store, a loja do iPhone.

No período, a desenvolvedora tentou burlar as lojas digitais ao oferecer um método alternativo de download para o jogo, em busca de evitar o pagamento da taxa de 30% às empresas.

Após a proibição, a Epic Games processou ambas as companhias. O julgamento contra a Apple tinha um contexto diferente, já que o ecossistema do iOS é ainda mais fechado, e teve um veredito inicial em 2021 favorável à dona do iPhone.

O caso ainda corre em uma instância da Justiça dos EUA, mas as demandas da dona de Fortnite seguem negadas.

Tecmundo
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