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Google Pixel 7a usa versão "inferior" do chip Tensor G2

Versão do Tensor G2 do Pixel 7a usa um processo de fabricação mais barato e simples, de modo que é possível haver impactos no funcionamento do chip

20 jun 2023 - 12h01
(atualizado às 15h43)
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Conhecida pelos vazamentos de chips variados e de celulares do Google, a leaker Kamila Wojciechowska descobriu investigando códigos do repositório do Android que o Google Pixel 7a, mais recente smartphone intermediário da gigante das buscas, utiliza uma versão "piorada" do Tensor G2, com um processo de fabricação menos avançado. Como resultado, o processador tem tendência a esquentar mais e, possivelmente, oferecer desempenho ligeiramente inferior à versão usada no Google Pixel 7 tradicional.

Quando foi lançado em maio, durante o Google I/O 2023, o Pixel 7a impressionou por oferecer quase a mesma experiência do Pixel 7 padrão, com exceção de mudanças modestas em departamentos como a câmera, completamente justificáveis considerando a queda significativa no preço. O que não se sabia na época é que a companhia também aplicou cortes no processador Tensor G2, apesar de ter mantido o nome, conforme descobriu Kamila.

É importante deixar claro que, em questão de processamento, ainda temos o mesmo chip de fato — o que realmente muda é a forma como ele está sendo fabricado. Processadores são produzidos imprimindo circuitos em uma placa de silício através de um processo complexo chamado litografia. Em cada placa (ou wafer, como é mais conhecido), são impressos dezenas de chips, que são recortados para se transformarem nos componentes instalados no seu celular ou computador. Cada um desses recortes é chamado de die.

Por diversos aspectos técnicos, não se pode instalar um die diretamente na placa-mãe de um aparelho, sendo preciso revesti-lo em uma espécie de pacote, que é então utilizado nos eletrônicos. Os processos utilizados para "empacotar" os dies não são simples, muito menos baratos, e têm aumentado de complexidade a cada ano que passa, envolvendo novidades como memória empilhada ou chiplets.

Conforme explica Kamila, o Google tem uma parceria com a Samsung não apenas para o desenvolvimento e fabricação dos dies do Tensor G2, como também para o empacotamento, e é justamente aqui em que há diferenças da versão usada no Pixel 7a para o Pixel 7 padrão. A plataforma do modelo mais avançado adota o processo de empacotamento conhecido como FOPLP-PoP, enquanto o chip empregado no smartphone intermediário utiliza o processo IPOP. O objetivo seria a redução de custos.

De forma bastante resumida, sem entrar em detalhes técnicos demais, o FOPLP-PoP entrega chips mais finos, menores e que esquentam menos em comparação ao IPOP. A informante destaca não ser possível avaliar o impacto disso no Pixel 7a, já que também há simplificação no sistema de resfriamento do aparelho, mas é provável que haja impactos no desempenho e nas temperaturas, mesmo que mínimos. O fato é que o Tensor G2 usado no dispositivo é de certa forma levemente inferior ao do Pixel 7 tradicional.

Foto: (Imagem: Reprodução/Google) / Canaltech

Já disponível no exterior, o Pixel 7a se destaca pela dupla de câmeras com sensor principal de 64 MP, tela AMOLED de 90 Hz e bateria razoável de 4.385 mAh, além do chip Tensor G2, conseguindo reduzir o preço para US$ 499 (~R$ 2.390), 100 dólares a menos que o Pixel 7. O aparelho não é vendido oficialmente no Brasil, e não há qualquer perspectiva de ser trazido para cá.

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