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Google Tradutor é desativado na China

Serviço era um dos últimos da empresa que ainda operavam no país, em que a censura na Internet provocou a debandada de plataforma estrangeiras

3 out 2022 - 17h44
(atualizado às 18h19)
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Usuários que acessam a página chinesa do Google Tradutor se deparam com essa imagem.
Usuários que acessam a página chinesa do Google Tradutor se deparam com essa imagem.
Foto: Google/reprodução / Mobile Time

O Google desativou sua ferramenta de tradução, o Google Tradutor (Android, iOS), na China continental, na última sexta-feira, 30. Este era um dos únicos serviços do Google restantes no país. De acordo com comunicado, o motivo seria o baixo uso do tradutor.

A página chinesa do Google Tradutor atualmente mostra a imagem ilustrativa de uma página inicial da ferramenta de pesquisa do Google. Ao clicar nela, o usuário é direcionado ao Google Tradutor de Hong Kong, que não pode ser utilizado na China continental. O recurso de tradução dentro do Google Chrome também deixou de funcionar para usuários chineses.

O serviço de tradução foi disponibilizado aos usuários do país em 2017, por app e endereço web específico. O Google Translate competia com outras opções populares chinesas, como Baidu e Sogou, que se adequam às regras de censura do governo chinês.

Essa não é a primeira vez que o Google encontra problemas na China. Em 2010, a companhia desativou seu motor de busca na China continental, por conta da estrita política de censura do governo chinês em relação a conteúdos na Internet. Outros serviços da companhia estadunidense, como o Gmail e o Google Maps, também foram bloqueados pelo governo posteriormente.

Em 2018, o Google explorou a possibilidade de lançar um motor de busca com resultados censurados, que gravaria a localização dos usuários, assim como o histórico de pesquisas. Após contestações internas do time de privacidade, o projeto, de codinome Dragonfly, foi encerrado, segundo o The Intercept.

Outras redes sociais também já desistiram de operar na China, devido à censura do governo. Em outubro de 2021, o LinkedIn anunciou o encerramento de suas atividades no país. Outras plataformas, como Facebook, Twitter e Instagram, também não funcionam na China continental.

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