Google unirá equipes do Waze e do Maps, mas apps continuam separados
Medida foi anunciada na quarta-feira (7) pelo Wall Street Journal; Google disse que não há planos de demissões nas equipes
Depois de demissões em massa em gigantes de tecnologia como o Facebook e a Amazon, agora é o Google que quer enxugar os gastos. A companhia anunciou na quarta-feira (7) que planeja fundir os grupos de trabalho do Waze com a equipe da unidade Geo, responsável pelos serviços Maps, Earth e Street View.
No entanto, diferente da Meta, o Google disse que não há planos de demissões e que manterá os aplicativos de navegação separados.
"O Google continua profundamente comprometido com a marca exclusiva do Waze, seu aplicativo amado e sua próspera comunidade de voluntários e usuários", disse um porta-voz ao The Wall Street Journal. A medida passa a valer nesta sexta-feira (9).
O Waze e o Maps compartilham recursos desde que o Google adquiriu o Waze por US$ 1,1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) em 2013. Após a compra, os dados de tráfego do Waze começaram a aparecer no Maps. Depois chegaram outros recursos, como limites de velocidade e localizações de radar. Em troca, o Waze se beneficiou do know-how do Google em buscas.
Apesar da junção dos mais de 500 funcionários, o Google disse ao WSJ que planeja manter o Waze como um serviço autônomo e espera que a reestruturação dos diferentes serviços de mapeamento reduza a sobreposição na criação de mapas.
Os motoristas do Waze podem facilmente relatar como está o trânsito, blitz, acidentes, problemas de mapa, câmeras de radar e muito mais com o toque de um botão. Atualmente tem 151 milhões de usuários ativos por mês.
Já o Google Maps — que ainda lidera este nicho com 1 bilhão de usuários ativos mensais — adicionou a capacidade de relatar incidentes de direção em 2019, mas é menos voltado para a participação coletiva que seu app "irmão".