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Gordura da barriga pode proteger do diabetes

A gordura da barriga pode proteger do diabetes, no caso de algumas pessoas contam com determinadas variantes genéticas. O tratamento personalizado é importante

28 jul 2023 - 12h50
(atualizado às 17h25)
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Atualmente, a informação que se tem é que armazenar gordura ao redor da barriga aumenta o risco de diabetes tipo 2. Entretanto, um estudo publicado na revista científica eLife sugere um cenário completamente diferente, em que essa gordura pode justamente ajudar a proteger da doença.

A ideia do artigo é propor uma medicina mais personalizada, com tratamentos feitos sob medida para o indivíduo, em que os médicos podem priorizar a perda de peso para pacientes cujos genes os colocam em maior risco, mas colocam menos ênfase nisso para pacientes com variantes genéticas protetoras.

"Há um crescente corpo de evidências para obesidade metabolicamente saudável. Nessa condição, as pessoas que normalmente estariam em risco de doenças cardiovasculares e diabetes por serem obesas estão, na verdade, protegidas dos efeitos adversos de sua obesidade. Entender as várias formas de obesidade é importante para adaptar tratamentos", propõe a equipe.

Uma das métricas que os médicos usam para determinar se um paciente tem síndrome metabólica é a obesidade abdominal. Isso geralmente é calculado comparando as medidas da cintura e do quadril do paciente. Mas a pesquisa sugere que, pelo menos para alguns pacientes, pode não ser tão simples. Então, no futuro, a medicina pode se concentrar em verificar os genes de um paciente para determinar a melhor forma de orientar.

"Descobrimos que entre as centenas de regiões em nossos genomas que aumentam nossa propensão a acumular excesso de gordura, cinco têm um papel inesperado, diminuindo o risco de diabetes tipo 2", afirmam os pesquisadores.

Diabetes e obesidade

Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, "indivíduos com pré-diabetes frequentemente apresentam outros fatores que aumentam o risco de eventos cardiovasculares, como hipertensão, obesidade e dislipidemia. Embora os objetivos do tratamento, nesses casos, sejam similares aos do tratamento de indivíduos sem diabetes, é necessário ter atenção, a fim de identificar e tratar outros fatores de risco".

Foto: AtlasComposer/Envato / Canaltech

Em estudo apresentado em junho deste ano no Annals of Pediatric Endocrinology & Metabolism, comer rápido demais pode aumentar risco de diabetes. Depois de analisar 197.825 pessoas, os pesquisadores descobriram que entre o grupo com diabetes havia um número maior de pessoas que têm o costume de comer rapidamente, em comparação com o grupo que não desenvolveu diabetes.

Os autores do estudo defendem que, quando a mastigação é mais lenta, o corpo leva menos tempo para entender que está recebendo alimento. Isso também aumenta a resposta dos hormônios reguladores do apetite, ajudando a manter o peso de forma saudável.

Diabetes tipo 1 e tipo 2

Anteriormente, já ressaltamos o que é pré-diabetes, diabetes e hiperglicemia. Vale perceber que diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, e pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue. A causa do diabetes tipo 1 ainda é desconhecida e a melhor forma de prevenir é equilibrando a alimentação, realizando atividades físicas e evitando álcool, tabaco e drogas.

Enquanto isso, diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. A causa da doença está diretamente relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados.

Fonte:  eLife, UVAHealth, Sociedade Brasileira de Diabetes

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