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Gravura de 42 metros na América do Sul é maior arte rupestre do mundo

A arte rupestre ao longo do rio Orinoco, na América do Sul, traz algumas das maiores gravuras no mundo e pode ser de 2 mil anos atrás

4 jun 2024 - 12h25
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Resumo
Cientistas encontraram gravuras pré-históricas de cobras gigantes em pedras ao longo do Rio Orinoco, na América do Sul, que apresentam aproximadamente 2 mil anos de idade.
Pedra com gravura de cobra, encontrada às margens do Rio Orinoco
Pedra com gravura de cobra, encontrada às margens do Rio Orinoco
Foto: Philip Riris/José Ramón Oliver/Natalia Lozada Mendieta/Divulgação

Cientistas encontraram gravuras pré-históricas de cobras gigantes em pedras ao longo do Rio Orinoco, na América do Sul, que flui pela Venezuela, na fronteira com a Colômbia. A arte rupestre encontrada teria aproximadamente 2 mil anos, segundo o estudo.

De acordo com os pesquisadores, esse achado é um dos maiores exemplos de arte rupestre já conhecidos no mundo, com algumas gravuras se estendendo por mais de 40 metros. Os resultados foram publicados nesta terça-feira (4), na revista Antiquity.

"Há um registro notável de arte rupestre ao longo do Orinoco, especialmente do lado venezuelano", diz José Oliver, do University College London, co-autor do estudo, ao portal NewScientist. "Geralmente, são pinturas encontradas em abrigos rochosos."

Segundo o cientista, artes tipo são comuns em muitos locais ao ar livre ao longo do rio, porém muitas ainda não foram oficialmente registradas.

Tipos de arte encontradas

O grupo de estudos viajam com frequência ao local, desde 2015, para avaliar a região ao longo das margens colombianas e venezuelanas do rio, para entender melhor as gravuras.

Ainda não se sabe quem foram os criadores das enormes gravuras. Uma grande parte das artes retrata pessoas, mamíferos, pássaros, centopeias, rolos e formas geométricas. Mas, cobras foram o assunto central das artes, com a maior delas registrada tem 42 metros de comprimento. 

Os cientistas já sabem que o porquê do foco em cobras, como jibóias e sucuris, já que elas “desempenharam um papel importante nos mitos e crenças da população indígena local”, conforme nota publicada na Antiquity.

Ao NewScientist, Philip Riris, da Bournemouth University, no Reino Unido, afirmou que não era difícil encontrar novos locais com a arte rupestre. "Toda vez que você vira uma esquina, sempre havia mais", disse.

No total, foram 157 regiões com arte rupestre visitadas pela equipe. Delas, 13 exibiam gravuras de pelo menos 4 metros de altura. Riris aponta que muitas delas são vistas de longe, de 500 metros a um quilômetro.

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A quantidade de arte rupestre encontrada ao longo do rio sugere que elas podem ter sido um marcador territorial, sinalizando qual grupo vivia na região. Riris afirma que não significava, entretanto, que era um aviso para outros povos não se aproximarem. 

Além disso, também foram encontradas cerâmicas desenterradas na região, de 2 mil anos atrás, com enfeites similares aos das artes. Os pesquisadores acreditam, portanto, que a arte rupestre também pode ter sido criada de maneira parecida no mesmo período.

O grupo de estudos ainda quer descobrir mais sobre as gravuras, assim como analisar mais dados e "pistas" sobre as origens e propósito das artes. 

Fonte: Redação Byte
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