Hackers da China e da Rússia usam ChatGPT para aprimorar espionagem, diz Microsoft
Tom Burt, vice-presidente de segurança da Microsoft, disse que a empresa deve combater esses grupos
A Microsoft alertou, em um relatório divulgado nesta quarta-feira (14), que hackers da Rússia, China e Irã estão usando o ChatGPT e outras ferramentas de inteligência artificial da OpenIA para aprimorar suas habilidades de espionagem e invasão.
Segundo a empresa, os hackers têm usado as ferramentas para gerar respostas que parecem humanas.
O vice-presidente de segurança da Microsoft, Tom Burt, disse à Reuters que a empresa deve combater esses grupos.
"Independentemente de haver alguma violação da lei ou qualquer violação dos termos de serviço, simplesmente não queremos que os atores que identificamos – que rastreamos e sabemos que são atores de ameaças de vários tipos – não queremos que eles tenham acesso a essa tecnologia", disse Burt.
Bob Rotsted, diretor de segurança da OpenIA — empresa que é dona do ChatGPT — salientou que o uso dessas ferramentas ainda está em "estágio inicial".
Ele informou que hackers russos buscaram informações sobre tecnologias de satélite e radar, os norte-coreanos pesquisaram conteúdo para campanhas de invasão, e os iranianos usaram a IA para escrever e-mails mais convincentes.
Já os chineses usaram as ferramentas de IA para buscar mais informações sobre "pessoas notáveis".
Até o momento, apenas o porta-voz do governo chinês comentou o assunto.
A China se opõe a difamações e acusações infundadas. "Defendemos a implantação segura, confiável e controlável da IA para melhorar o bem-estar comum de toda a humanidade".