Snapchat será inspecionado por fazer propaganda enganosa
O aplicativo móvel de mensagens Snapchat fez um acordo com a Comissão de Comércio Federal dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) por conta das acusações da organização, que alega que o app engana os usuários sobre o desaparecimento das mensagens enviadas e coleta dados pessoais deles.
Com o acordo, o Snapchat será proibido de fazer propaganda enganosa sobre a privacidade e segurança dos usuários e terá que implementar um programa de privacidade que será monitorado por 20 anos por um profissional especializado do setor.
No app, é possível enviar uma mensagem de texto, foto ou vídeo para os amigos, e depois de lida, a mensagem desaparece da tela. A empresa divulgava isso como uma função de segurança e privacidade, garantindo que o conteúdo desapareceria para sempre. Porém, o FTC afirma que é possível salvar os “snaps” de diversas maneiras. Uma delas é utilizar apps terceiros para se logar no Snapchat, já que o recurso de deletar mensagens só funciona na aplicação oficial.
A lista de acusações continua. A comissão também diz que o Snapchat armazena os vídeos não encriptados no dispositivo do usuário, e os mesmos poderiam ser acessados se a pessoa conectasse o celular em um computador, por meio do diretório de arquivos do aparelho. O app também afirma que avisaria os usuários quando um amigo tirasse uma captura de tela de uma mensagem, mas o FTC afirma que usuários de aparelhos da Apple com sistemas anteriores ao iOS 7 poderiam burlar a detecção dessa captura.
Outras acusações incluem a transmissão de dados de localização de usuários do app para Android, a coleta dos contatos da agenda de usuários de iOS. Os consumidores também chegaram a enviar mensagens para pessoas desconhecidas imaginando que eram amigos, pois o app não tem um sistema de verificação do número do celular.