Home office aumentou índice de pessoas com dores nas costas, diz Reino Unido
Relatório do Office for National Statistics (Instituto Nacional de Estatísticas Britânico) ressalta consequências negativas do home office, em alta na pandemia
Um relatório do Office for National Statistics (Instituto Nacional de Estatísticas Britânico) aponta que o home office potencializou o número de casos de pessoas com dores nas costas. Segundo o relatório, o número de pessoas identificadas como economicamente inativas por causa de doenças de longa duração aumentou de 2 milhões para 2,5 milhões nos três anos a partir de 2019. Mais de 70% do aumento aconteceu após a chegada da covid-19.
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A análise mostrou que o número de pessoas que deixaram a força de trabalho por causa de problemas no pescoço e nas costas aumentou em 62 mil. Segundo o Conselho Geral de Osteopatia do Reino Unido, esse número levantado pelo ONS não é a toa: as pessoas passaram boa parte do período de home office trabalhando em posições desconfortáveis e inadequadas.
"Basicamente, são lesões por uso excessivo, em má postura por mais tempo do que teriam feito se estivessem trabalhando em um escritório", afirma o Conselho, em comunicado ao veículo britânico The Guardian.
Segundo o ONS, os idosos continuam sendo a maioria dos inativos por causa de doenças de longa duração, mas os aumentos relativos mais acentuados nos últimos anos ocorreram entre aqueles com idades entre 25 e 34 anos.
Enquanto isso, as doenças de longa duração nessa faixa etária aumentaram 42%, em comparação com um salto de 16% para pessoas com idade entre 50 e 64 anos. "O maior aumento veio de pessoas com outros problemas de saúde ou deficiências. Embora essa categoria inclua pessoas afetadas pela covid longo, achamos que esse é apenas um dos vários fatores que contribuem", aponta o próprio ONS.
"O segundo aumento mais alto foi entre as pessoas com problemas nas costas ou no pescoço; é possível que o aumento do trabalho em casa tenha dado origem a esses tipos de condições", conclui o órgão.
Fonte: Office for National Statistics via The Guardian
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