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Homem é proibido de doar esperma após mentir e ter mais de 550 filhos

Tribunal holandês proíbe homem de ser doador de espermatozoide, após ser considerado pai de mais de 550 filhos. O indivíduo teria burlado o sistema de doações

2 mai 2023 - 20h27
(atualizado em 3/5/2023 às 10h00)
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Na Holanda, o caso de Jonathan M. envolvendo a doação de esperma e as fertilizações in vitro tem chamado a atenção. O homem de 41 anos foi processado por ter, supostamente, mais de 550 filhos espalhados pelo mundo. Apesar de extremamente alto, o número total pode ser impreciso, já que o indivíduo burlava o sistema que regulamenta as doações. Em seu país de origem, um único doador não pode ser pai de mais de 25 filhos, provenientes de 12 famílias diferentes.

Após denúncias de vítimas do doador, a fundação holandesa Donorkind levou o caso para um tribunal em Haia. Os depoimentos sobre o caso foram coletados no dia 14 de abril e, na última sexta-feira (28), o veredicto foi anunciado: o holândes está proibido de doar novamente esperma. Caso seja identificada uma nova tentativa, ele deve ser multado em € 100.000 (cerca de 555 mil reais).

Além disso, o tribunal determinou que o homem forneça uma lista de todas as clínicas em que foi um doador de esperma. A partir desse documento, os espaços receberão ordens para destruir o material doado, evitando o nascimento de novos filhos.

Tribunal proíbe homem de doar sêmen

"O ponto é que esta rede de parentesco com centenas de meio-irmãos e meias-irmãs é muito grande", afirmou Gert-Mark Smelt, um porta-voz do tribunal, sobre a decisão, segundo a BBC. Dessa forma, há um elevado risco de irmãos formarem um casal, sem saber, e terem filhos juntos, o que poderá desencadear inúmeros problemas genéticos nos bebês, desconsiderando as questões éticas do incesto.

Foto: Prostock-studio/envato / Canaltech

Outro ponto destacado pelo tribunal é o fato dos pais, que receberam as doações, não terem sido informados sobre a quantidade de meio-irmãos que as crianças teriam ao nascer. O entendimento geral é de que o problema poderá gerar inúmeras consequências psicossociais negativas para as crianças.

Para além da multa em caso de reincidência de doações de sêmen, Jonathan está proibido de buscar contato com outras famílias que buscam por doadores e de ingressar em organizações que estabeleçam este tipo de contato com futuros pais.

Sabe-se que a maioria dos mais de 500 filhos do homem estão concentrados na Holanda, mas existem registros conhecidos de doações para a Dinamarca e outros países. Agora, é esperado que toda essa cadeia de doações seja melhor rastreada após o veredicto do tribunal.

Vale destacar que, em 2017, a Associação Holandesa de Obstetras e Ginecologistas emitiu o primeiro alerta envolvendo o homem. Na época, era estimado que ele tinha cerca de 100 filhos, mas o apelo não foi encarado com a seriedade necessária, permitindo que continuasse as suas doações ilegais.

Fonte: BBC e El País   

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