Homem que escapou de submersível que implodiu tenta chegar ao lugar "mais distante do mundo"
Homem do Reino Unido quer atingir o Ponto Nemo, região que serve de destino final para detritos espaciais
O explorador britânico Chris Brown embarcou no dia 12 de março em uma jornada para tentar chegar ao Ponto Nemo, o local mais remoto da Terra. A expedição está programada para atingir seu destino entre esta quarta-feira (20) e quinta-feira (21).
O empresário de 62 anos partiu de Puerto Montt, no Chile, junto com seu filho Mika, a bordo do iate de expedição Hanse Explorer.
Se a história te lembra algo, fique com esta curiosidade: no ano passado, foi revelado que o mesmo homem recusou uma vaga na expedição submarina da OceanGate ao Titanic, que terminou com a implosão da embarcação e morte de todos os tripulantes.
Brown disse que até pagou um depósito por um assento a bordo do submersível, mas desistiu da viagem ao descobrir que o submarino seria pilotado com controles de videogame, classificando-o como "de má qualidade".
A boa notícia é que, desta vez, a aventura permanecerá na superfície do mar. Entretanto, o Ponto Nemo, cujo nome homenageia o capitão do submarino na obra "Vinte Mil Léguas Submarinas" de Jules Verne, é tão isolado que a terra firme mais próxima é a Ilha Ducie, a 2.690 km de distância.
A área serve como local estratégico para o descarte de satélites e estágios de foguetes, minimizando o risco de colisão com áreas habitadas.
Desde 1971, mais de 260 peças de detritos espaciais acabaram lá, incluindo a estação espacial russa Mir. A previsão é que, na próxima década, a Estação Espacial Internacional (ISS) também será guiada para sua desativação neste local.
'Vou tentar entrar na água se for possível... Também espero abrir uma garrafa de espumante quando chegar lá', disse Brown ao portal britânico Daily Mail.
Ele espera se tornar a primeira pessoa a alcançar todos os "Polos Continentais de Inacessibilidade da Terra" , que são nada mais do que pontos de cada oceano mais distantes de qualquer continente. Brown já alcançou cinco deles, navegando pela Antártica, Oceania, África, América do Norte e América do Sul.
Uma vez no Ponto Nemo, o explorador planeja recolher amostras de água para testar a densidade de microplásticos nas águas mais remotas do mundo.