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Homem que ficou mais de um ano com covid recebe cura por DNA

Sequenciamento genético mostrou que o paciente foi infectado com uma cepa no final de 2020, e por isso não respondia aos tratamentos atuais

7 nov 2022 - 15h25
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Pesquisadores utilizaram técnica para identificar qual cepa do coronavírus infectou um homem que testou positivo para a doença por mais de 400 dias
Pesquisadores utilizaram técnica para identificar qual cepa do coronavírus infectou um homem que testou positivo para a doença por mais de 400 dias
Foto: Poder360

Pesquisadores britânicos anunciaram na última sexta-feira (4) que curaram um homem que estava continuamente infectado com o coronavírus por 411 dias. O tratamento envolveu uma análise do código genético de seu vírus específico para encontrar a terapia correta. 

A infecção persistente por covid – que é diferente da covid longa ou episódios repetidos da doença – ocorre em um pequeno número de pacientes com sistema imunológico já enfraquecido. Em um novo artigo a ser revisado por pares na revista Clinical Infectious Diseases, a equipe de pesquisadores do Guy's and St Thomas' NHS Foundation Trust e do King's College London descrevem como um homem de 59 anos finalmente superou sua infecção após mais de 13 meses.

De acordo com Luke Snell, médico especializado em doenças infecciosas do NHS Foundation Trust de Guy and St Thomas, esses pacientes podem testar positivo por meses ou até anos com a infecção “roncando o tempo todo”.

Sequenciamento genético

O caso mais longo conhecido de infecção por covid foi em um paciente que testou positivo por 505 dias antes de morrer e foi tratado pelas mesmas equipes. No entanto, os cientistas não sabem dizer por quanto tempo o vírus pode permanecer ativo no corpo. 

De acordo com os pesquisadores, o homem, que tem o sistema imunológico enfraquecido devido a um transplante de rim, pegou covid em dezembro de 2020 e continuou com resultado positivo até janeiro deste ano.

Para descobrir se o indivíduo havia contraído covid várias vezes ou se era uma infecção persistente, cientistas usaram análise genética com tecnologia de sequenciamento de nanoporos. O teste conseguiu fornecer resultados em menos de 24 horas e mostrou que o homem tinha a variante B.1.177.18 — presente na Grã-Bretanha no final de 2020, e que desde então, foi substituída por cepas mais novas.

À medida que o SARS-CoV-2 mudou ao longo da pandemia, outras cepas se tornaram dominantes no mundo, como a Ômicron. No entanto, como o paciente tinha essa variante inicial, os médicos deram a ele uma combinação dos anticorpos monoclonais casirivimab e imdevimab da Regeneron — tratamento que não é mais amplamente usado porque é ineficaz contra variantes mais recentes.

Fonte: Redação Byte
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