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Hospital testa inteligência artificial para detectar derrame em pacientes

“O rosto é provavelmente um dos sistemas de sinalização mais sofisticados do universo”, diz cientista que lidera estudo

11 abr 2023 - 14h31
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Tratamento com Ia para achar derrame inclui detctar paralisia de certos músculos faciais ou movimentos oculares incomuns
Tratamento com Ia para achar derrame inclui detctar paralisia de certos músculos faciais ou movimentos oculares incomuns
Foto: Kjpargeter / Freepik

Os pacientes com suspeita de derrame do Hospital Johns Hopkins, nos Estados Unidos, poderão receber um pedido inusitado dos médicos: "podemos filmar seu rosto?". O objetivo é identificar os pacientes com AVC pelas características faciais, usando inteligência artificial (IA) e reconhecimento facial.

Isso ajudaria a acelerar o tratamento e a recuperação em vez de esperar por exames cerebrais ou de sangue.

O treinamento da equipe para implementar o método inovador envolve a análise de algoritmos para identificar mudanças nas características do paciente, como a paralisia de certos músculos faciais ou movimentos oculares incomuns.

A leitura precisa destes movimentos são primordiais para a identificação de danos ao cérebro causados por derrame, em oposição a convulsões, enxaquecas graves ou transtornos de ansiedade.

Em entrevista ao jornal The Wall Street Journal, Robert David Stevens, chefe da divisão de inovação da Johns Hopkins School of Medicine, destaca que “o rosto é provavelmente um dos sistemas de sinalização mais sofisticados do universo”.

“Talvez possamos realmente medir o que está acontecendo e então alavancar técnicas analíticas avançadas e inteligência artificial para processar grandes quantidades de informações e gerar novos insights”, disse Stevens. 

Como funciona o método?

Os vídeos captados pelos médicos são enviados para um banco de dados usado para treinar o algoritmo. Cerca de 120 dos 400 pacientes foram inscritos no estudo preliminar. Com as informações coletadas, espera-se treinar o algoritmo de detecção de AVC para melhorar sua precisão.

Os resultados iniciais são animadores. Um estudo preliminar apontou que em 40 pacientes que já haviam sido diagnosticados por um médico, o algoritmo foi 70% preciso ao diagnosticar se um paciente teve ou não derrame.

Outros pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) estão analisando o reconhecimento facial para diagnosticar a progressão da esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa dos nervos que afeta os músculos. 

O uso da tecnologia na saúde

Alguns pesquisadores acreditam que algoritmos podem até ser usados para rastrear o desempenho de tratamento ou medicamento, detectando mudanças no rosto de uma pessoa. Entretanto, ainda seria um desafio fazer com que as pessoas ajam com base nos dados e confiem neles, segundo o diretor médico da Boston Scientific Ken Stein.

A empresa biomédica usa algoritmos de IA em seus equipamentos para prever o risco de insuficiência cardíaca em alguns pacientes.

A aplicação de mais sucesso de inteligência artificial na medicina, até o momento, é quando um médico utiliza o programa de software de IA que pode interpretar imagens – como raio-X ou outros tipos de exames – e o profissional pode dizer se concorda ou discorda do programa.

Nesses casos, a IA atua como backup para o diagnóstico do médico, explicou Kem Stein em entrevista ao The Wall Street Journal. 

Fonte: Redação Byte
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