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Hospitalização de astronautas após retorno à Terra ainda é um mistério para a Nasa

“Ainda estamos juntando as peças”, disse Michael Barratt, astronauta e médico especialista em medicina espacial

12 nov 2024 - 12h30
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Astronautas em missão na ISS
Astronautas em missão na ISS
Foto: Reprodução/Nasa

A Nasa continua investigando um evento médico que levou três astronautas norte-americanos e um cosmonauta russo a um hospital na Flórida (EUA) logo após seu retorno da Estação Espacial Internacional (ISS), no final de outubro. Embora detalhes sobre o ocorrido permaneçam em sigilo, os astronautas americanos Michael Barratt, Matthew Dominick e Jeanette Epps asseguraram, durante uma coletiva de imprensa na sede da Nasa em Houston, que estão bem de saúde.

“Voos espaciais ainda são um campo onde muito precisa ser entendido, e às vezes nos deparamos com o inesperado”, afirmou Barratt, que é médico e especialista em medicina espacial. Ele descreveu o incidente como um "evento médico", mas se manteve reticente sobre o estado específico de qualquer membro da tripulação.

“Ainda estamos juntando as peças”, disse. Barratt sugeriu que mais informações podem ser divulgadas no futuro, mas sem definir uma data.

Os três tripulantes da Nasa, acompanhados pelo cosmonauta russo Alexander Grebenkin, foram levados ao hospital após o pouso em Pensacola, Flórida, antes de seguirem para Houston. Este tipo de desvio é incomum, uma vez que astronautas geralmente são transportados diretamente para a sede da agência. Barratt e seus colegas de missão evitaram dar pistas sobre quem precisou de cuidados médicos imediatos.

Jeanette Epps destacou que as reações físicas ao retorno variam muito entre astronautas, o que torna a adaptação difícil de prever. Já Dominick, que também estava a bordo, relatou as dificuldades em se readaptar ao ambiente terrestre após sete meses no espaço — período maior do que o planejado devido a atrasos relacionados ao lançamento problemático da cápsula Starliner da Boeing e a furacões que afetaram a região.

“Esperamos ficar desorientados e tontos, mas algumas coisas simples, como sentar numa cadeira dura, foram surpreendentemente desconfortáveis depois de 235 dias sem gravidade”, revelou em coletiva.

O sigilo também é mantido em relação ao cosmonauta russo Grebenkin, e a Roscosmos, agência espacial russa, não se pronunciou sobre o estado de seu tripulante, reforçando a cautela em torno do ocorrido.

Apesar do mistério, a Nasa afirma que a saúde dos astronautas é monitorada de perto, principalmente em casos de reações inesperadas ao retorno à gravidade terrestre, tema que ainda representa um grande desafio para a medicina espacial.

Fonte: Redação Byte
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