Huawei tem crescimento menor de receita no 1º semestre
A Huawei Technologies divulgou nesta segunda-feira um aumento de 13% na receita do primeiro semestre do ano, mostrando um crescimento mais lento em um momento em que autoridades norte-americanas pressionam fornecedores e clientes da empresa.
A receita aumentou 13,1%, para 454 bilhões de iuans (64,90 bilhões de dólares) na primeira metade do ano, em comparação com 401,3 bilhões de iuans no ano anterior. No entanto, um ano antes a expansão do faturamento havia sido de 23,2%. A Huawei disse que a margem de lucro líquido foi de 9,2%, acima dos 8,7% no primeiro semestre de 2019.
O aumento nas vendas da Huawei ocorre após mais de um ano de pressão de autoridades dos Estados Unidos sobre os fornecedores e clientes da empresa. A empresa vende equipamentos de redes 5G para operadoras de telefonia e smartphones e outros produtos eletrônicos para consumidores.
As autoridades norte-americanas colocaram a Huawei em uma lista negra em maio do ano passado, restringindo as vendas à empresa de produtos fabricados nos EUA, como semicondutores. A Huawei acumulou estoques e também continuou a projetar seus próprios chips e fabricá-los pela Taiwan Semiconductor Manufacturing e outras empresas.
"A Huawei prometeu continuar cumprindo suas obrigações com clientes e fornecedores e sobreviver, seguir em frente e contribuir com a economia digital global e o desenvolvimento tecnológico, independentemente dos desafios futuros que a empresa enfrentará", afirmou a empresa em comunicado nesta segunda-feira.
Os resultados do primeiro semestre mostraram um crescimento mais rápido que os resultados do primeiro trimestre da Huawei divulgados em abril. No primeiro trimestre, as receitas aumentaram cerca de 1%, para 182,2 bilhões de iuans, contra um crescimento de 39% registrado no ano anterior. A margem de lucro líquido no primeiro trimestre caiu para 7,3%, ante 8% no ano anterior.
A Huawei não divulgou as vendas unitárias de telefones. A empresa de pesquisa de mercado IDC relatou que a Huawei foi a segunda maior fabricante de celulares no primeiro trimestre de 2020, com participação de mercado de 17,8%, atrás da Samsung e à frente da Apple.