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Humanos falham ao diferenciar rostos reais de imagens geradas por inteligência artificial

Imagens estão sendo usadas para fins maliciosos como roubo de dados

26 jan 2023 - 13h57
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Esses rostos realistas foram todos gerados por um computador
Esses rostos realistas foram todos gerados por um computador
Foto: NVIDIA

Com o avanço da tecnologia e do aprendizado da inteligência artificial fica cada vez mais difícil definir o que é real ou não na internet. E, em uma pesquisa de cientistas da Royal Holloway University of London, pesquisadores conseguiram demonstrar que, mesmo que você pense que é bom em analisar rostos, muitas pessoas não conseguem distinguir com segurança entre fotos de rostos reais e conteúdos gerados por computador.

O estudo, publicado na iScience, a equipe de pesquisa mostrou que a falha em distinguir esses rostos artificiais dos reais tem implicações em nosso comportamento online.

De acordo com os achados, as imagens falsas podem corroer nossa confiança nos outros e mudar profundamente a forma como nos comunicamos.

Imagens geradas por computador

Essas falsificações, que parecem tão reais, estão se tornando comuns no mundo online, algo que as pessoas devem ficar atentas sobre como esses conteúdos estão sendo usados em marketing, publicidade e mídia social — e às vezes, para fins maliciosos como política, roubo de dados e espionagem, alertam os pesquisadores. 

Para entender a forma como as pessoas eram capazes de diferenciar rostos reais e falsos, os pesquisadores expuseram voluntários a um exercício de identificação. 

Os resultados mostraram que as pessoas percebiam os rostos chamados redes adversárias generativas (GANs, na sigla em inglês) como sendo ainda mais reais do que fotos genuínas de rostos de pessoas que existem de verdade. 

Ainda que não esteja claro por que isso ocorre, essa descoberta destaca os avanços recentes na tecnologia usada para gerar imagens artificiais. Os pesquisadores encontraram uma ligação interessante com a atratividade: rostos classificados como menos atraentes também foram classificados como mais reais.

Por esse motivo, a mesma equipe de pesquisadores mostrou, em um estudo separado, que os participantes são mais propensos a confiar nas informações transmitidas por rostos que antes julgavam reais, mesmo que fossem gerados artificialmente.

Segundo os cientistas, as descobertas também servem de alerta porque é crucial que as pessoas sejam mais críticas ao avaliar rostos digitais.

"Isso pode incluir o uso de pesquisas de imagens reversas para verificar se as fotos são genuínas, desconfiar de perfis de mídia social com poucas informações pessoais ou um grande número de seguidores e estar ciente do potencial da tecnologia deepfake ser usada para fins maliciosos", escreveram.

Fonte: Redação Byte
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