Humanos ganharam 155 novos genes desde separação evolutiva de chimpanzés
Após nos separarmos de nosso último ancestral, continuamos a evoluir e sofrer mudanças enquanto espécie
Nós nos separamos de nossos ancestrais chimpanzés há quase 7 milhões de anos, mas isso não impediu que continuássemos evoluindo — nesse intervalo, cerca de 155 novos genes surgiram espontaneamente dentro de nosso DNA. É o que diz um novo artigo publicado na revista Cell Reports.
Segundo o estudo, alguns desses pedaços de DNA remontam à antiga origem de todos os mamíferos, enquanto outros estão relacionadas a doenças específicas dos humanos.
Tendo como base um conjunto de dados de genes, pesquisadores montaram uma árvore ancestral comparando os humanos com outras espécies de vertebrados. Os cientistas fizeram análises através da cadeia evolutiva e encontraram em humanos 155 pedaços de DNA único.
Dos 155 novos genes, 44 deles estão associados a defeitos no crescimento de células, três se relacionam com doenças como distrofia muscular, retinite pigmentosa e a síndrome de Alazami, e um dos genes tem conexão com o tecido cardíaco humano.
Estudo dos genes
Já é sabido pela ciência que novos genes podem surgir a partir da duplicação de pedaços de DNA existentes, mas, ao que tudo indica, os genes mapeados surgiram "do zero".
Os cientistas ressaltam que os pedaços são extremamente pequenos, e que, portanto, dúvidas sobre o impacto real do achado serão sanadas em próximas pesquisas adicionais.
“Quando você chega nesses pequenos tamanhos de DNA, eles estão no limite do que é interpretável a partir de uma sequência do genoma. Eles estão naquela zona onde é difícil saber se são biologicamente significantes”, diz Aoife McLysaght, uma das autoras da pesquisa em um comunicado.