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IA consegue prever casos de morte súbita com até 10 anos de antecedência

Modelo da Universidade Johns Hopkins pode fazer o diagnóstico precoce, ajudando no tratamento preventivo

10 abr 2024 - 14h47
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Resumo
A professora Natalia Trayanova da Universidade Johns Hopkins criou um modelo de inteligência artificial para prever a morte súbita cardíaca (MSC) até 10 anos antes da sua ocorrência, permitindo que as pessoas e médicos façam decisões informadas para tratamento precoce.
IA desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins pode fazer o diagnóstico precoce de MSC em até dez anos antes
IA desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins pode fazer o diagnóstico precoce de MSC em até dez anos antes
Foto: Freepik

O jogador de futebol dinamarquês Christian Eriksen teve uma parada cardíaca súbita durante uma partida da Eurocopa, em 2021. Ele sobreviveu, porém a taxa de sobrevivência da morte súbita cardíaca (MSC) chega a algo próximo de 10%. 

Essa situação levantou questionamentos sobre a natureza da MSC, que difere de um ataque cardíaco por ser um problema elétrico do coração e um bloqueio das artérias. 

A professora Natalia Trayanova, da Universidade Johns Hopkins, criou um modelo de inteligência artificial para colaborar na investigação de ocorrências como essa. 

Publicado em um artigo da Nature Cardiovascular Research, o modelo de IA de Trayanova pode identificar sinais da MSC até 10 anos antes do seu aparecimento.

Isso significa que há uma possibilidade de tratamento preventivo adequado, o que leva a uma melhora na qualidade de vida dos pacientes e muda completamente a abordagem médica em relação a essa condição.

Outro ponto importante é que o IA, nesse caso, não é para causar desespero ou um cenário fatalista para pacientes, mas sim levar o tratamento junto com o contexto da doença e como ela pode evoluir. O papel do médico é guiar os pacientes com base em dados precisos e seguros, priorizando a qualidade de vida.

Utilizar essa abordagem poupa pacientes de procedimentos invasivos, além do sofrimento prolongado. Ela também resulta em uma alocação de recursos mais eficiente e direcionada na área da saúde.

Evitando fatalidades

A equipe de Trayanova continua aprimorando algoritmos para detectar outras condições cardíacas com o modelo de IA. 

Na pesquisa, foram analisados os dados médicos e exames de 156 pacientes ao longo de uma década pela IA. O resultado dessa análise foi a descoberta de padrões ocultos que escapariam à detecção humana. 

Por exemplo, a IA mostra como o tecido cicatricial e outros fatores do coração podem indicar predisposição à MSC. Isso permite uma estimativa do risco de MSC ao longo de 10 anos. 

Assim, os médicos e pacientes conseguem tomar decisões mais informadas sobre tratamentos, como a implantação de desfibriladores ou mudanças no estilo de vida.

Como foi o caso de Christian Eriksen, o jogador que passou mal no jogo, que precisou colocar um desfibrilador implantado, similar a um marcapasso, que é um tratamento padrão para a doença.

Fonte: Redação Byte
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