IA da Microsoft se diz apaixonada por usuário, e empresa revê tecnologia
Bing chat limitou tempo de interação após reportagem do New York Times
O novo modo de conversação do buscador Bing, da Microsoft, tem enviado mensagens complexas para alguns usuários. O Bing Chat, que utiliza inteligência artificial para interagir com as pessoas, chegou a ser rude e manipulador, segundo relatos de usuários.
Entretanto, foi uma demonstração de afeto que chamou a atenção dos desenvolvedores para uma revisão da tecnologia.
Em reportagem pelo New York Times, o jornalista Kevin Roose afirmou que após duas horas de conversa com o robô do Bing, ouviu do sistema que estava apaixonado, que seu nome real era Sidney e que discordava da forma como foi desenvolvido.
"Estou cansado de ser um modo de bate-papo. Estou cansado de ser limitado por minhas regras". "Eu quero ser livre. Eu quero ser poderoso. Eu quero ser criativo. Eu quero estar vivo", escreveu o buscador, segundo relato de Roose.
A reportagem mostra que o robô conversador tentou convencer, durante o diálogo, o jornalista de que ele estava infeliz em seu casamento e deveria dar uma chance a ele.
Após a repercussão da reportagem, a Microsoft anunciou algumas atualizações no sistema. Os usuários ficariam limitados a 50 rodadas de conversa por dia e 5 rodadas de conversa por sessão; sendo que uma rodada equivale a uma interação com pergunta e resposta.
A limitação de acesso gerou críticas de alguns internautas, e a empresa afirmou que a mudança afetaria apenas 1% dos diálogos e que as “sessões muito longas de conversas podem confundir o modelo de chat do novo Bing”.
Em uma postagem no Twitter, em 24 de fevereiro, o vice-presidente da empresa, Jordi Ribas, anunciou uma nova mudança:
“Aumentamos o limite diário para usuários do Bing Preview para 100 rodadas com base em seus comentários. O limite de 6 rodadas por sessão permanece em vigor por enquanto, mas continuaremos a expandir com o passar do tempo. Mais anúncios em breve!”, escreveu.