IBM quer que EUA reforcem controles de exportação de sistemas de reconhecimento facial
A IBM disse nesta sexta-feira que o Departamento de Comércio dos Estados Unidos deveria ampliar limites sobre a exportação de sistemas de reconhecimento facial a regimes repressivos que poderiam usá-los para violar direitos humanos.
A empresa disse que os EUA deveriam instituir novos limites de exportação sobre "o tipo de reconhecimento facial mais provável de ser usado em sistemas de vigilância em massa, discriminação racial ou outras violações dos direitos humanos".
Christopher Padilla, vice-presidente da IBM para assuntos governamentais e regulatórios, disse à Reuters que o governo dos EUA deve se concentrar em sistemas que podem ser usados para identificar pessoas em uma multidão ou para vigilância em massa, em vez de sistemas de "identificação facial" que permitir que um usuário desbloqueie um iPhone ou embarque em um avião.
A IBM disse que o Departamento de Comércio deve controlar "a exportação das câmeras de alta resolução usadas para coletar dados e dos algoritmos usados para analisar e comparar esses dados com um banco de dados de imagens" e argumentou que deve "limitar a capacidade de certos governos estrangeiros de obter em grande escala os componentes necessários para implementar um sistema integrado de reconhecimento facial."
Os comentários escritos da empresa não identificaram governos específicos, mas disseram que "os controles sobre os tipos mais poderosos de tecnologia de reconhecimento facial devem se concentrar nos países com histórico de abusos aos direitos humanos".
A IBM disse que o Departamento de Comércio também deve restringir o acesso a bancos de dados de imagens online que podem ser usados para treinar sistemas de reconhecimento facial.
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