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Igualdade de gênero é boa para a economia, mostra estudo

Mulheres que casaram mais tarde tiveram mais contato com números, mercado de trabalho e negócios

21 dez 2022 - 17h44
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A economia se desenvolveu melhor em partes da Europa onde as mulheres se casaram mais tarde
A economia se desenvolveu melhor em partes da Europa onde as mulheres se casaram mais tarde
Foto: Unsplash

Ao longo de 500 anos, a economia se desenvolveu melhor em partes da Europa onde as mulheres se casaram na faixa dos 20 anos em vez de na adolescência. É o que afirmam pesquisadores holandeses em um novo estudo publicado na revista World Development. 

Segundo a equipe de pesquisa, mulheres que ficaram mais tempo longe dos casamentos, como os homens, que se comprometiam mais tarde, tiveram mais contato com números, ciência, mercado de trabalho e negócios, o que acabou turbinando a economia. Em nações onde as jovens casavam mais cedo, parte de uma importante atividade econômica foi perdida.

"O casamento precoce encurtou o tempo em que as jovens podiam buscar um emprego na fazenda ou no mercado de trabalho. Depois do matrimônio, as mulheres ficavam confinadas à vida doméstica", diz Jörg Baten, da Universidade de Tübingen.

Mulheres melhor instruídas, podiam, inclusive, afetar no desenvolvimento da próxima geração de homens. Segundo os pesquisadores, se as próprias mães tivessem aptidões numéricas, elas poderiam encorajar seus filhos a aprender essas habilidades e, assim, influenciar o desenvolvimento econômico geral.

"O desenvolvimento econômico foi melhor em regiões onde as mulheres se casaram tarde e foram mais capazes de desenvolver habilidades numéricas. Foi exatamente aí que ocorreu a Revolução Industrial no século 19", afirma Alexandra de Pleijt, da Universidade de Wageningen.

Os pesquisadores pontuam que diferenças culturais são a chave para entender por que algumas regiões casavam mulheres mais cedo. Na Europa central e do norte, por exemplo, as mulheres conseguiam participar mais da pecuária, atividade econômica principal, ordenhando e alimentando vacas.

Essa tarefa não exigia tanta força muscular quanto arar campos e colher grãos, atividade comum em outras áreas do continente.

Segundo Baten, as mulheres tinham um papel mais importante nos processos de trabalho nas sociedades agrícolas mais baseadas na pecuária e na pecuária leiteira. "Elas só precisavam se casar mais tarde", finalizou.

Fonte: Redação Byte
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