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Impressões digitais não são tão únicas, sugere estudo

Modelo de IA foi capaz de identificar se as impressões digitais de diferentes dedos vinham da mesma pessoa com 75% a 90% de precisão

15 jan 2024 - 16h20
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Pesquisa sugere que impressões digitais não são únicas
Pesquisa sugere que impressões digitais não são únicas
Foto:  Getty Images/Reprodução  / Mega Curioso

Um novo estudo sugere que as impressões digitais não são realmente únicas, o que poderia ter implicações significativas para a ciência forense.

O estudo, publicado na revista Science Advances, usou um tipo de modelo de inteligência artificial (IA) comumente usado para reconhecimento facial para procurar padrões e identificadores em impressões digitais que os humanos podem estar ignorando.

A IA foi capaz de identificar se as impressões digitais de diferentes dedos da mesma pessoa vinham da mesma pessoa com 75 a 90% de precisão.

De acordo com pesquisadores, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, o modelo foi capaz de olhar além das características dos dedos conhecidas como “minúcias”, nas quais os detetives confiaram durante séculos.

O algoritmo de IA foi treinado em um banco de dados de 60 mil impressões digitais.

Nova forma de identificar

Em vez disso, a IA analisou ângulos e curvaturas dos redemoinhos no centro das impressões digitais. Esses insights poderiam, em tese, ser usados para vincular impressões digitais de diferentes tipos encontradas em múltiplas cenas de crime à mesma pessoa.

No entanto, as alegações dos pesquisadores foram recebidas com ceticismo por parte de alguns cientistas forenses.

Simon Cole, professor de criminologia, direito e sociedade na Universidade da Califórnia, argumentou à CNN que as descobertas não são necessariamente algo novo e estão muito longe de refutar as técnicas forenses atuais.

“A afirmação não comprovada, mas intuitivamente verdadeira, de que não há duas impressões digitais ‘exatamente iguais’ não é refutada pela descoberta de que as impressões digitais são semelhantes”, disse.

Segundo Cole, as impressões digitais de pessoas diferentes, bem como da mesma pessoa, sempre foram conhecidas por serem semelhantes.

Ainda assim, os pesquisadores afirmam que suas descobertas são “incontestáveis”. Eles acreditam que a IA tem o potencial de revolucionar a ciência forense e outras áreas de análise.

“Veremos pessoas usando IA para descobrir coisas que estavam literalmente escondidas à vista de todos, bem diante de nossos olhos, como nossos dedos”, disse Gabe Guo, autor principal do estudo.

Fonte: Redação Byte
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