EUA declaram estado de emergência após ataque hacker
Governo decidiu decretar estado de emergência para facilitar o transporte de combustível por outros meios, principalmente rodoviários
Um ataque cibernético contra uma das maiores empresas de distribuição de combustíveis dos Estados Unidos, a Colonial Pipeline, está gerando uma dor de cabeça enorme para as autoridades, o que fez com que o governo americano declarasse estado de emergência na segunda-feira, 10, em 17 estados pelo risco de falta de combustíveis.
Os dutos da Colonial, que estão paralisados devido ao ataque ransomware, transportam mais de 2,5 milhões de barris de óleo por dia, o que corresponde a 45% do abastecimento de diesel, gasolina e querosene da costa leste dos Estados Unidos.
O FBI suspeita que um grupo de hackers profissionais já bastante conhecido por ataques similares, denominado DarkSide, tenha realizado a ação.
Na última semana, a empresa teve seus sistemas bloqueados por um grupo de hackers, que exigem um pagamento para a recuperação das informações.
De acordo com agências, cerca de 100 GB de informações da empresa foram roubados, além de ter desconectado completamente a rede de operação da Colonial.
O ataque provavelmente ocorreu porque os hackers encontraram uma maneira de adentrar o sistema se aproveitando do grande número de engenheiros que acessam remotamente os sistemas de controle do oleoduto.
Acredita-se que o grupo hacker DarkSide tem sede na Rússia ou no Leste Europeu, mas o presidente norte-americano, Joe Biden, disse que não acredita que o governo russo tenha apoiado o ataque.
"Até o momento, não temos evidências, de nosso pessoal de inteligência, de que a Rússia está envolvida", disse Biden.
O incidente é uma das operações de resgate digital mais relevantes dos últimos tempos e levou a pedidos de políticos americanos para reforçar a proteção da infraestrutura de energia do país contra ataques cibernéticos.
A Associação Americana de Automóveis informou que o preço médio da gasolina no país subiu 6 centavos de dólar na semana, o maior nível desde maio de 2018, e se aproxima do maior nível desde 2014.
No entanto, o impacto poderá ser ainda pior se funcionamento do oleoduto continuar interrompido por mais tempo. Para entender melhor essa história assista ao Terra Bytes desta semana: