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Fintech NG.Cash recebe US$ 10 milhões para ser o banco da Geração Z

Startup tem produtos próprios para público mais novo, como agendamento de mesada e criação de contas para menores de idade com autorização do tutor

2 ago 2022 - 05h11
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A startup NG.Cash anuncia nesta terça-feira, 2, o recebimento de uma rodada de US$ 10 milhões, cujo cheque será destinado para escalar o produto da empresa: um banco para a Geração Z, os nascidos depois dos anos 2000.

A rodada foi liderada pelo tradicional fundo americano Andreessen Horowitz (gestora responsável por apostar no Skype, Airbnb e Lyft) e o brasileiro Monashees. Participaram os fundos 17Sigma e Norte Ventures. Fundadores de startups como Brex, Movile, Wildflife, Eleva e Trybe entraram no cheque, acompanhados por último por Spacecaps, Los Grandes e o campeão olímpico Bernadinho.

A NG.Cash, fundada em fevereiro de 2021 no Rio de Janeiro, pretende utilizar o cheque para ampliar o corpo de funcionários, saindo dos atuais 45 para chegar em 90, focando em contratações na área de tecnologia. Além disso, a startup pretende apostar em marketing.

Ciente da situação de aridez do mercado de investimentos, cujo capital secou com a subida mundial dos juros, a NG.Cash pretende usar o dinheiro com parcimônia.

"Não planejamos uma estratégia de queima rápida de caixa, e sim fizemos um plano para fazer com que o dinheiro dure mais, o que nos dá tranquilidade nesse momento de aperto de liquidez do mercado", conta Mario Augusto Sá, cofundador da NG.Cash, em entrevista ao Estadão.

Mario Augusto Sá é um dos fundadores da NG.Cash, startup de finanças dedicada à geração Z
Mario Augusto Sá é um dos fundadores da NG.Cash, startup de finanças dedicada à geração Z
Foto: Divulgação/NG.Cash / Estadão

Só para baixinhos

A NG.Cash nasceu com o propósito de ser um banco para um público não-bancarizado e, principalmente, sem renda: crianças e adolescentes. O serviço contempla conta-corrente, cartão físico e transferência gratuitos, enquanto saques em caixa eletrônico saem por R$ 7,90 por operação.

Produtos de educação financeira, bem como um marketplace com marcas (como Rappi), também estão disponíveis no aplicativo, que pode ser baixado nas lojas do Google ou Apple.

Ao contrário de outras instituições financeiras, a NG.Cash não exige que pais e responsáveis legais dos menores tenham conta fintech. Segundo Sá, é preciso que o responsável apenas dê anuência para a abertura de conta. A fatura do cartão vai para o responsável, que pode programar com uma "mesada agendada", por onde o correntista irá receber uma quantia todo mês. "Não estamos obrigando o pai ou mãe a ter conta, fazendo com que o jovem se sinta dependente", aponta Sá, que considera isso uma vantagem competitiva.

Além disso, a fintech quer entrar no mercado de criptomoedas e NFTs (ativos que podem ser comercializados na internet), tidos como atrativos em transações em games, principalmente. "Para nossa base de usuários, faz muito sentido esse tipo de produto", diz o executivo.

A NG.Cash surge no mesmo momento em que outros bancos miram o público menor de idade. Em junho, o Nubank anunciou que permitiria adolescentes de 12 a 17 anos no banco, contanto que responsáveis legais tivessem conta na instituição. Já o Next, do Bradesco, lançou o Nextjoy para dependentes dos correntistas, que podem customizar o aplicativo com personagens da Disney.

Estadão
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