Fundadora de startup brasileira morre em voo para os EUA e família tenta retorno do corpo ao País
Sara Raimundo estava a caminho de conferência na Califórnia
Sara Raimundo, fundadora e diretora de operações da startup Únicainstância, morreu na sexta, 21, em um voo para os EUA. A empreendedora teve um mal súbito na viagem entre o Rio de Janeiro e Houston (Texas), o que forçou um pouso de emergência em Nova Orleans (Louisiana). Atendida ainda no avião por um médico, ela acabou não resistindo.
Sara estava a caminho da conferência Brazil at Silicon Valley (BSV), que teve início neste domingo, 23, em San Francisco (Califórnia). Advogada, ela fundou a Únicainstância, uma startup da área do direito, em 2020 em parceria com Gilmar Bueno, que viajou ainda na sexta para Nova Orleans para tratar do traslado do corpo de volta para o Brasil.
O alto custo do processo, porém, forçou amigos e familiares a criarem uma campanha de arrecadação para o retorno do corpo de Sara ao País. No momento, a campanha visa levantar US$ 21.490 (cerca de R$ 112 mil) para os serviços funerários, que incluem o preparo do corpo e translado), R$ 2.560,00 de taxa do Cemitério Jardim da Saudade, de Paciência, no Rio de Janeiro e US$ 15 mil (cerca de R$ 76 mil) para arcar com os trâmites burocráticos e custos de Bueno.
No Instagram, o sócio de Sara contou os detalhes do que aconteceu. Por enquanto, ainda não há data de retorno para o corpo.
Mulher, negra e periférica, Sara se destacava em um cenário dominado por um perfil social completamente diferente do seu. O trabalho dela junto a Únicainstância ajudou a startup a receber apoio organizações de destaque do ecossistema nacional, como BlackRocks, Endeavor Scale-up, Google for Startups, Get Up Garagem, BTG Pactual, WeWork, Planeta Startup, BeyGood e Founder Institute.
Neste domingo, a BSV emitiu uma nota de pesar na qual diz: "Reforçamos nossa disposição em oferecer todo o suporte que estiver ao nosso alcance".