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“IA não se trata de robôs dominando o mundo”, diz Rob Thomas

Gerente geral de dados e inteligência artificial da IBM cita três fatores que impedem empresas de adotar a tecnologia

22 out 2019 - 14h36
(atualizado em 23/10/2019 às 09h33)
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A adoção da inteligência artificial (IA) dentro de empresas emperra em pelo menos três fatores, segundo o gerente geral de dados e IA da companhia de informática americana IBM, Rob Thomas: dificuldade de entender o conceito da nova tecnologia, confiança de que os algoritmos estão desempenhando seu papel corretamente e a falta de profissionais qualificados para desenvolver e analisar base de dados.

Em um discurso no "Data and AI Forum", em Miami, na Flórida (EUA), nesta terça-feira (22), o gerente da IBM frisa a importância de desmistificar a definição do que é IA. “Não podemos enxergar essa tecnologia como uma caixa-preta”, afirma.

“Não se trata de robôs dominando o mundo, mas se trata de predição de resultados, automação e otimização de tarefas simples.” Segundo Thomas, executivos precisam enxergar o potencial de modificar as relações entre suas empresas e seus clientes, elevando a satsifação dos consumidores, assim como melhorar processos internos, por meio da inteligência artificial.

Gerente da IBM, Rob Thomas em discurso no Data and AI Forum, em Miami, na Flórida, nesta terça-feira (22).
Gerente da IBM, Rob Thomas em discurso no Data and AI Forum, em Miami, na Flórida, nesta terça-feira (22).
Foto: IBM / Divulgação

O executivo diz que, dentro desse processo de desmistificação da IA, além de explicar o conceito dessa tecnologia, é importante ensinar as etapas para implementar a tecnologia dentro das empresas. Thomas mostra que tudo começa em como a companhia coleta e utiliza seus dados internos e de seus clientes também.

“Essas informações são sangue vital da inteligência artificial”, diz. “81% dos líderes de negócios não sabem como extrair o melhor de todos os dados que têm.” Para ele, as boas práticas passam não só pela extração e armazenamento, mas também pelo desenvolvimento de algoritmos que resolvam as principais dúvidas sobre negócio de cada empresa, gerando novas oportunidades de negócio e investimento.

Mesmo em posse de bancos de dados para armazenamento e plataformas virtuais para analisar essas informações, a falta de profissionais qualificados para programar e modelar projetos de inteligência artificial é outro fator que impede empresas de investir na tecnologia. "Há poucos cientistas de dados em todo o mundo", afirma Thomas.

"Sempre é preciso pensar na capacitação de sua equipe antes de tomar alguma decisão voltada para IA." Pensando nessa dificuldade, a IBM oferece para seus clientes auxílio técnico para desenvolvimento de seu primeiro algoritmo com seus produtos, como o software Watson Assistant, por exemplo.

*O repórter viajou para Miami a convite da IBM

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Fonte: Redação Terra
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