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Laser capaz de esfriar líquidos é inventado nos EUA

Tecnologia pioneira tem potencial de, futuramente, ser usada para resfriar microchips e até mesmo deixar a cerveja geladinha

27 nov 2015 - 10h05
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Não é nenhuma novidade que lasers sejam utilizados para aquecer materiais. O que nunca tinha sido possível, até agora, era utilizá-los para resfriar líquidos. Um experimento inédito, realizado por cientistas da Universidade de Washington, entretanto, promete revolucionar as possibilidades da aplicação dessa tecnologia.

Pela primeira vez na história, se conseguiu resfriar um líquido utilizando laser
Pela primeira vez na história, se conseguiu resfriar um líquido utilizando laser
Foto: iStock

Pela primeira vez na história, conseguiu-se resfriar um líquido com a utilização de lasers infravermelhos. Os cientistas da universidade norte-americana foram capazes de esfriar em 20 graus centígrados uma quantidade de água mantida em condições habituais. Os resultados causaram surpresa, já que, normalmente, a água tende a se aquecer quando iluminada.

A pesquisa foi chefiada pelo professor Paden Roder e teve os resultados publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Para atingir essa façanha, utilizou-se um laser de coloração azul e nanocristais foram colocados em uma gota d’água. Os fótons de cor azulada foram absorvidos pelos átomos dos cristais, que então começaram a se agitar. Quando esses átomos liberaram os fótons, estes estavam com o nível energético mais elevado do que quando entraram. Isso dissipou calor, resfriando efetivamente os cristais e a água em torno deles.

A pesquisa e a conclusão de que é possível resfriar objetos com altíssima precisão têm diversas aplicações potenciais. Já se prevê que essa tecnologia no futuro poderá ser usada para resfriar microprocessadores, cerveja e até mesmo auxiliar em pesquisas neurológicas. Seria possível, por exemplo, congelar neurônios específicos sem danificá-los. Assim, poderiam ser realizados, de maneira segura, estudos que analisem como as porções do cérebro se reconectam diante de um trauma.

Outra possibilidade seria a criação de lasers de maior potência,  impossíveis de serem construídos com o atual estado da tecnologia. No entanto, o time chefiado pelo professor Roder ainda precisa refinar o processo tecnológico, começando por melhorar sua eficiência energética.

Fonte: Cross Content
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