Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Loft compra startup Invest Mais e reforça aposta em crédito

Startup do setor imobiliário criou divisão só para lidar com o tema, após reforçar frente de financiamentos e empréstimos com garantia; unicórnio está 'desenpacotando' seus serviços

24 set 2020 - 15h15
Compartilhar
Exibir comentários

A startup de imóveis Loft anunciou nesta quinta-feira, 24, a aquisição da Invest Mais, startup que intermedeia a relação entre bancos e clientes de financiamento imobiliário. Com a aquisição, que não teve seu valor revelado, a empresa reforça sua aposta na área de crédito - há alguns meses, o unicórnio fundado por Mate Pencz e Florian Hagenbuch decidiu criar uma divisão interna dedicada ao tema, a LoftCredi, cuidando de produtos como financiamento imobiliário e empréstimos com garantia.

"A aquisição reforça a estratégia da Loft como plataforma de compra e venda de imóveis: depois de ajudar a escolher o apartamento ideal, a gente também ajuda o consumidor a decidir como pagar. A chegada da InvestMais nos dá acesso a uma grande variedade de bancos para comparar as melhores taxas", diz o fundador e co-CEO da Loft, Mate Pencz, ao Estadão. "Já tínhamos ferramentas para ajudar nessa jornada, mas a aquisição traz uma grande escala para a Loft, o que se transforma em economia para os clientes."

Fundada em 2017 por Henrique Motta, Welliton Moura e Andreas Yamagata, a Invest Mais hoje intermedeia a relação entre os clientes de imobiliárias e os bancos na hora de abrir um financiamento imobiliário - segundo a Loft, a união entre as empresas vai gerar um grupo capaz de gerar mais de R$ 1 bilhão ao ano em financiamentos. Em comunicado divulgado na tarde desta quinta-feira, as companhias afirmam que os 20 funcionários da Invest Mais vão se integrar à Loft, mas seguirão atendendo seus mais de 300 parceiros "de forma inalterada."

"Sentimos que a máquina que criamos para negociar os imóveis também poderia ser usada para captar financiamentos de apartamentos que não eram vendidos pela Loft. Afinal, para o comprador o que importa é o imóvel certo, não por quem ele tá sendo vendido", diz Pencz. O reforço da aposta no mercado de crédito, por sua vez, é mais um passo da Loft para adequar sua estrutura às necessidades do usuário.

É uma receita inusitada: ao contrário de outras startups que começaram com um produto pequeno e foram crescendo em tamanho, a Loft criou uma solução grande - o pacote "compra, reforma e vende um imóvel", que pode ser desdobrado em serviços de reforma, auxílio com burocracia ou financiamento. "Depois de fazer centenas de operações de compra, venda e reforma, nós entendemos a espinha dorsal do negócio. E aí conseguimos fazer a experiência à la carte, a partir do que o cliente precisa", explica Pencz. Fundada em 2018, a Loft já vendeu 1,5 mil apartamentos em São Paulo e no Rio de Janeiro; hoje, a empresa diz ter 3,5 mil imóveis à venda.

Anúncios

Outro avanço recente dado pela empresa nesse sentido foi a de iniciar a publicar anúncios de imóveis que não foram necessariamente comprados pela Loft, conectando apenas compradores e vendedores por meio da plataforma da empresa. "É outra forma de atender ao mercado pela nossa marca", diz Pencz, que afirma que a empresa não cobra pelos valores dos anúncios - apenas recebe uma comissão no caso de sucesso das transações.

Segundo o executivo, os imóveis oferecidos dessa forma ainda contam com curadoria da startup, passando por algoritmos de precificação e avaliação. Com a nova oferta, a empresa criou ainda uma categoria própria para os imóveis que ela selecionou para comprar e revender - chamada de Loft Select. De acordo com Pencz, a empresa também se diferencia de rivais tradicionais do mercado por "auxiliar o consumidor ao longo de sua jornada, não oferecendo só o anúncio, mas acompanhando a necessidade e a transação dele".

O movimento de expansão de áreas da Loft também vem de encontro com a forma como a empresa respondeu à pandemia - e à alta na digitalização do mercado decorrente da quarentena. Segundo Pencz, a empresa preferiu focar em oportunidades de negócio nas cidades em que já atua - São Paulo e Rio de Janeiro - para "surfar oportunidades em meio à mudanças radicais de comportamento". "Era um pulo do gato que podíamos dar, com o que estamos fazendo com o financiamento", diz o executivo.

Segundo ele, planos para abrir negócios em novas praças devem ficar para 2021: ao Estadão, ele cita Belo Horizonte e Cidade do México como próximos destinos. "Estamos com o time e a inteligência de mercado prontos para BH, mas optamos por aprender mais no jogo nas duas cidades que estamos, antes de começar uma nova cidade", afirma.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade