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Mentor de startups defende a "humanização das cidades"

Em evento, Alberto Levy defende o uso de formas menos tecnológicas, e mais criativas, para tornar municípios mais inteligentes

9 nov 2019 - 15h21
(atualizado às 15h21)
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O termo “cidades inteligentes” (smart cities, em inglês) é utilizado para descrever municípios que se utilizam da tecnologia de sensores integrados para extrair dados do desempenho de serviços públicos, como saneamento, transporte público e gestão energética. Para o mentor de startups Alberto Levy, esse conceito precisa ser revisto e ser menos dependente do aspecto tecnológico para existir. Isso porque, segundo ele, o desenho das novas metrópoles deveria passar mais pela criatividade dos gestores urbanos.

Alberto Levy fala durante o evento Welcome Tomorrow, realizado em São Paulo.
Alberto Levy fala durante o evento Welcome Tomorrow, realizado em São Paulo.
Foto: Matheus Riga / Terra

Apesar de algumas cidades já terem planos de se tornarem mais conectadas nos próximos anos - como é o caso de Praga, na República Tcheca, que segue uma diretriz de ficar totalmente inteligente até 2030 -, Levy acredita que pequenas ações, muitas vezes menos tecnológicas, podem transformar a experiência de se viver em um determinado município. “O problema não está em ter sensores, eles são muito bem-vindos”, diz. “A questão é fazer cidades mais humanas.”

Na visão do mentor de startups, intervenções urbanas como bibliotecas ao ar livre, reforma e revitalização de espaços degradados, plantações de economia circular e apresentações artísticas em locais públicos são formas efetivas de mudar os municípios, tão relevantes quanto à implementação de sensores para extrair dados. “É preciso hackear as cidades e dar um novo significado aos espaços”, afirma. 

Welcome Tomorrow é realizado em São Paulo.
Welcome Tomorrow é realizado em São Paulo.
Foto: Matheus Riga / Terra

A grande dificuldade para que essas mudanças aconteçam, na visão de Levy, tem a ver com o modelo de ensino realizado nas escolas. “Há 200 anos, o sistema educacional nos instrui valores baseados em exercícios repetitivos, memorização de conteúdos e cumprimento de ordens”, diz. Segundo ele, esse tipo de contexto acaba por adormecer a criatividade e a percepção humana, diminuindo o surgimento de novas soluções para as cidades.

O mentor de startups marcou presença, neste sábado (09), no evento de tecnologia e inovação voltado para o setor de mobilidade, o Welcome Tomorrow, em São Paulo (SP), que ocorre até o próximo domingo (10). 

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Fonte: Redação Terra
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