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'Não olhamos para fintechs, mas o Nubank é uma grande marca', diz novo investidor

Para David Zhang, vice-presidente do fundo americano TCV, a startup oferece uma experiência "mágica" aos seus consumidores, assim como companhias que fazem parte de seu portfólio, como Netflix, Airbnb e Spotify

26 jul 2019 - 17h42
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Facebook, Netflix, Airbnb e Spotify são algumas das gigantes de tecnologia que estão no portfólio do TCV, tradicional fundo do Vale do Silício. A partir dessa sexta-feira, 26, uma startup brasileira também estará presente no "álbum" da gestora de investimentos: o Nubank, que recebeu um aporte de US$ 400 milhões liderado pelo grupo americano. "David Vélez (cofundador do Nubank) pode escolher a métrica que quiser para mostrar o impacto do Nubank na América Latina", disse ao Estado David Zhang, vice-presidente do fundo.

Para ele, o Nubank é uma empresa que tem potencial global, por oferecer excelência como banco digital. "Nós costumamos investir em negócios que oferecem 'experiência de consumidor mágica'. Não olhamos para fintechs, mas o Nubank é uma grande marca nesse sentido", afirmou Zhang. A fintech brasileira é o primeiro investimento significativo do TCV na América Latina. A seguir, os principais trechos da entrevista.

David Zhang, vice-presidente da TCV, fundo de investimentos que liderou investimentos no Nubank
David Zhang, vice-presidente da TCV, fundo de investimentos que liderou investimentos no Nubank
Foto: TCV/Divulgação / Estadão

Por que vocês decidiram investir no Nubank?

Costumamos investir em negócios que oferecem o que chamamos de uma "experiência de consumidor mágica". Também olhamos para equipes administrativas fortes e diferenciação tecnológica. Se você olhar para os investimentos mais conhecidos que fizemos, como Netflix, Spotify e Airbnb, eles têm isso. Historicamente, não olhamos para fintechs, mas estamos empolgados com os bancos digitais. Acredito que bancos tradicionais não estão tendo impacto ou não evoluíram tecnologicamente nessa área. Então, a ideia de que um banco digital pode oferecer serviços melhores nos chamou a atenção. Olhamos no mundo todo e o Nubank saltou aos olhos. Não é só a tecnologia deles ou a experiência do consumidor. É também a visão do David (Vélez, cofundador do Nubank), que oferece não só transações, mas uma ampla oferta de serviços para os consumidores.

Por que o Nubank faz sentido no portfólio do TCV?

David pode escolher a métrica que quiser para mostrar o impacto do Nubank na América Latina. O Nubank é uma grande marca e esperamos uma parceria de longo prazo com eles.

Há quanto tempo o TCV monitora o Nubank?

Há alguns anos, mas nós gostamos de investir em negócios em estágios mais avançados. As conversas para um investimento, especificamente, aconteciam há um ano. Eles conseguiram ganhar tração e agora queremos ver o que podem fazer numa situação em que tem muitos produtos e vários países.

É a primeira vez que o TCV faz um aporte na América Latina?

Já fizemos outros investimentos no continente, mas esse é o primeiro significativo. Não estamos montando uma equipe e não significa que vamos passar a investir em várias startups da região. Foi uma situação de visão global do crescimento de bancos digitais, bem como do posicionamento no Nubank no mercado brasileiro, que é muito atraente.

O TCV, então, não planeja investir em outras startups da região?

Vamos continuar olhando para possíveis investimentos em todo o mundo. Nossa abordagem é global. Em todos os nossos investimentos, temos um ponto de vista matemático. Não interessa que seja uma fintech, uma startup de mídia, ou startups voltadas ao consumidor. Não investiremos em uma fintech da América Latina por ser do continente. Nossa abordagem é de encontrar os investimentos corretos com nossa tese.

Como você vê o ecossistema de startups latino?

Sabemos que há muita coisa acontecendo. É um padrão que já ocorreu em ecossistemas de outros países. Sempre que há necessidade de eficiência, a tecnologia pode melhorar as coisas, e aí cria-se valor para empresas. O timing da América Latina é empolgante: a infraestrutura física e a penetração crescente de telefonia móvel são importantes, podendo causar disrupções na região. Creio que há muitas oportunidades no momento.

Estadão
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