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Robô inteligente ajuda supermercados a manterem a prateleira sempre cheia

A tecnologia da empresa GIC Brasil usa algoritmos para reconhecer imagens de produtos e detectar quando precisam ser repostos

26 set 2019 - 05h11
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Se tarde da noite você entrar no supermercado e se deparar com um robô circulando pelos corredores, não se assuste. Ao contrário, o bichinho pode ser um 'funcionário' do estabelecimento, que trabalha para garantir que as prateleiras estejam abastecidas com os produtos que você procura.

Com um pouco mais de meio metro de altura e pesando 10 quilos, o robozinho foi desenvolvido com tecnologia nacional da empresa GIC Brasil - o equipamento foi apresentado quarta-feira, 25, aos empresários do setor em São Paulo. Desde 1999, a GIC Brasil atua na automação para operação em cerca de 800 lojas físicas de atacado e varejo do setor de supermercados. Entre os clientes da empresa estão as redes Atacadão, Tenda , Assaí e Dalben.

"O robô nasceu cego, sem voz e não conseguia caminhar", conta Irineu Fernandes, presidente e fundador da companhia. Hoje, diz ele, ele enxerga tudo, caminha sobre uma trilha, mas ainda não tem voz. Essa será desenvolvido numa etapa seguinte, adianta.

O grande recurso do robô, porém, não é a capacidade de poder se movimentar ou falar, mas sim a câmera de reconhecimento de imagens que carrega na sua parte superior. O equipamento usa algoritmo para reconhecer as imagens do produtos e detectar o que falta na prateleira, um dos pontos vitais para o varejo. A ruptura, como os lojistas gostam de chamar a falta de produto disponível ao consumidor, é um dos principais motivos da perda de vendas no varejo.

O robô envia mensagens para a administração do estoque quando detecta a falta de algum produto
O robô envia mensagens para a administração do estoque quando detecta a falta de algum produto
Foto: Divulgação / Estadão

A importância da câmera se reflete até no fato de que ela tem nome, GondolEye, enquanto o robozinho ainda não foi batizado. Fernandes conta que o investimento no desenvolvimento do produto que nasceu dentro do laboratório de inovação da companhia, localizada em Alphaville (SP), não passou de R$ 2 milhões. Além do robô, outra alternativa para vigiar a falta de produtos no varejo são câmeras GondolEye espalhadas pela loja. A companhia também vê a possibilidade de usar drones para executar esse serviço, mas ainda é uma possibilidade, frisa o empresário.

O robô e a câmera são um aperfeiçoamento do produto que a empresa já tem disponível no mercado. Batizado de Rub, esse sistema monitora as mercadorias nas prateleiras por meio de um leitor ótico acionado por um funcionário da loja. Além dessa, o produto tem cerca de 30 funcionalidades que acompanham desde a entrada do produto na loja até a saída da mercadoria na caixa registradora.

"Para o reconhecimento de imagens, temos que constuir o banco de imagens de produtos para cada loja. Se ela tem 8 mil produtos, temos que ter fotos de cada um deles", diz Fernandes. Ele conta também que os projetos não precisam ser implementados numa loja inteira, e podem focar, por exemplo, nas áreas de produtos com maior saída.

Fernandes, que é analista de sistemas de formação e trabalhou em empresas de tecnologia como IBM, ABB, sempre com o foco no varejo, diz que esse é mais um passo para desenhar o supermercado do futuro.

Estadão
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