Secretário de Cultura da cidade de SP: "Estamos sob ataque"
Debate aconteceu com três outros secretários:Sérgio Sá Leitão (Estado de SP), Mariana Ribas (Município do Rio) e Ruan Lira (Estado do Rio)
Em fórum para discutir políticas públicas na cultura de Rio e São Paulo, no fim da tarde desta quinta, na Rio2C, o secretário de Cultura da Cidade de São Paulo, Alê Yousseff, disse que o setor "está sob ataque", referindo-se principalmente à redução do teto de capital para R$ 1 milhão aos que quiserem recorrer à Lei Rouanet. Antes, esse aporte era de até R$ 60 milhões.
"Quero aproveitar esse encontro entitulado de 'Políticas Públicas Em Ponte Aérea' para propor uma ponte aérea até Brasília, a fim de ter uma audiência com o ministro Osmar Terra (Cultura). Não faz sentido como a cultura está sendo tratada pelo governo federal", disse, interrompido por aplausos no espaço em que participou de debate com três outros secretários da pasta - Sérgio Sa Leitão (Estado de SP), Mariana Ribas (Município do Rio) e Ruan Lira (Estado do Rio).
Em uma hora de apresentações e discussões sobre problemas e desafios da Cultura nos dois grandes centros nacionais, Sérgio Sá Leitão reiterou a importância da economia criativa para a geração de renda e empregos e listou seus projetos prioritários na nova gestão, entre os quais estratégias para dar mais acesso de conteúdo e experiências culturais à população. Ele também falou sobre a Lei Roaunet.
"Somos contrários à instrução normativa que altera a captação de recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura", reforçou, informando que já solicitou audiência com Osmar Terra. Sérgio Sá contou que o governador de São Paulo, João Dória, já expôs ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Cultura a necessidade de se rever a decisão de estabelecer o teto de R$ 1 milhão para projetos que utlizariam a Lei Rouanet. "O governador Dória explicou ao presidente sobre o impacto positivo da cultura como geradora de renda e de desenvolvimento. Acho que o diálogo é um bom caminho."