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Startup Alinea recebe R$ 20 mi para personalizar planos de saúde corporativos

Healthtech atua como uma intermediária entre operadoras de saúde e funcionários para facilitar uso de benefício

16 mar 2022 - 07h10
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A healthtech Alinea, de gerenciamento de planos de saúde, anuncia nesta quarta-feira, 16, um aporte no valor de R$ 20 milhões, liderado pelos fundos Founders Fund e General Catalyst. Com foco em planos corporativos, a startup quer ajudar empresas a melhorar a forma como seus funcionários utilizam serviços de saúde.

Para isso, a principal meta após a captação é aumentar o time de profissionais que trabalham na Alinea, para garantir que o 'match' entre paciente e serviço seja o mais otimizado possível. Hoje, cerca de 14 pessoas trabalham na operação da healthtech. Até o final do ano, o objetivo é ter cerca de 90 colaboradores na empresa.

"A gente está expandindo o time. Com esse aporte a gente quer evoluir o produto e atender mais empresas. Vamos contratar cerca de 70 pessoas neste ano. É um momento bem importante para nós", afirma Fernando Ribeiro, cofundador e presidente da Alinea, ao Estadão.

A solução apresentada pela Alinea pode não ser nova, mas ganhou destaque nos últimos anos de pandemia pela recorrência maior aos planos de saúde. Como uma administradora, a startup quer poupar o tempo do funcionário direcionando a melhor alternativa para a necessidade de saúde dele — uma intermediária dos planos de saúde.

Na prática, é como um serviço de atendimento ao consumidor: o usuário do plano de saúde corporativo pode acessar o app da Alinea ou acessar a central de atendimento via WhatsApp e informar a queixa. Com as informações, a healthtech pode encaminhar o paciente para a melhor clínica, hospital ou especialista, de acordo com fatores como localização e urgência — agendamentos de consultas, por exemplo, podem ser feitos diretamente no app da startup, sem precisar passar pelos canais da prestadora do plano de saúde.

Ainda, a empresa utiliza os dados em uma combinação de algoritmos para salvar o histórico do paciente e disponibilizar essas informações para médicos de diferentes especialidades — desde que seja solicitado pelo paciente. De acordo com a Alinea, esse cruzamento de dados permite que o usuário possa ter um acompanhamento individualizado, uma espécie de "plano de saúde dentro do plano de saúde".

"A gente trabalha com banco de dados grande e aplica essas informações para entender o perfil dos pacientes e o perfil dos prestadores de saúde. Com base nisso a gente consegue oferecer uma camada de serviços e de inteligência para os próprios colaboradores para que sempre que eles precisarem usar o plano de saúde a gente poder entregar um suporte"

Criada em 2019 por Fernando Ribeiro e Willian Menegali, a empresa já atende companhias com mais de 70 mil funcionários e afirma não querer tomar o lugar de administradoras de saúde e, sim, ajudar a integrar os serviços nas empresas. Em parcerias, a healthtech fatura por meio de uma taxa cobrada das empresas por cada funcionário que utiliza o recurso.

"A gente não substitui o plano de saúde, pelo contrário: a gente trabalha com os recursos que eles já tem, mas a gente se diferencia porque somos a porta para que os usuários possam navegar na sua jornada de saúde", explica Ribeiro.

Os próximos passos da Alinea já estão bem definidos. Em um mercado que cresce cada vez mais no Brasil, a estratégia da startup vai ser se diferenciar de outros serviços no Brasil para consolidar sua posição dentro do setor de healthtechs. Isso passa por entender o setor de saúde no Brasil e a concorrência com um setor aquecido no País. Para Ribeiro, porém, a ideia de oferecer uma orientação imparcial aos pacientes é um dos méritos que podem ajudar na escalada da startup.

"Esse é um setor em que não existe uma fraqueza que faça o segmento acabar. Os problemas são gigantescos. Tem muitas startups atuando em diferentes frentes. Queremos pegar um processo que é offline e pouco integrado e juntar isso tudo em um serviço conveniente para reduzir desperdício e visitas desnecessárias ao médico. Queremos reduzir muito os custos de saúde para as empresas e aqui tem um espaço gigante para fazer isso", aponta Ribeiro.

Estadão
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