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Startup de administração de grupos no Telegram, Lastlink recebe aporte de US$ 1,4 mi

Empresa ajuda criadores de conteúdo a gerenciarem assinaturas de grupos fechados em apps de mensagens e redes sociais

23 jun 2021 - 17h03
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Criar conteúdo para a internet virou uma profissão nos últimos anos - e não é uma área só para os influenciadores ganharem dinheiro com "publi". Comunidades e cursos online estão cada vez mais fortes nas plataformas digitais, seja para um instrutor de educação física acompanhar o rendimento dos seus alunos ou para um especialista compartilhar dicas de investimentos. E é para esse mercado que olha a startup mineira Lastlink: fundada em agosto de 2020, a empresa anuncia nesta quarta-feira, 23, um aporte de US$ 1,4 milhão.

O investimento foi liderado pela empresa de capital de risco Canary. O cheque também contou com a participação do fundo Graph Ventures e de investidores-anjo como Israel Salmen (CEO da Méliuz), Gustavo Caetano (CEO da SambaTech) e Marcela Rezende (vice-presidente de marketing da MadeiraMadeira).

A Lastlink ajuda criadores de conteúdo a administrarem assinaturas de grupos fechados em plataformas como Instagram e Telegram - no caso do Instagram, o grupo fechado pode ser tanto um perfil privado quanto a lista de melhores amigos. A startup ajuda especificamente na gestão das assinaturas, adicionando e removendo membros automaticamente, e também na gestão financeira, com planos de pagamento e assinatura automática.

"Muitos criadores até então tinham que passar a conta para os membros do grupo fazerem o depósito. Com a nossa ferramenta, o cliente já faz a assinatura automática por meio de um link exclusivo que cada criador tem na Lastlink", explica Michel Ank, fundador e presidente executivo da startup, em entrevista ao Estadão.

Segundo a Lastlink, cerca de 2,1 mil criadores de conteúdo já usaram sua ferramenta, impactando ao todo 550 mil membros - os grupos mais recorrentes são de áreas como esporte, bem-estar, finanças, investimentos e marketing digital. O modelo de negócios da empresa é por pagamento transacionado, ou seja, o criador paga uma fatia quando vende uma assinatura.

Com os novos recursos, o plano da startup é investir principalmente em produto e tecnologia. Um dos focos será o desenvolvimento de uma plataforma própria da Lastlink para ajudar o criador a distribuir mais conteúdo e estreitar a conexão com sua audiência. Outro destino do cheque será em contratações: a startup tem hoje 35 funcionários e espera que o número dobre até o final do ano.

Avançar para o WhatsApp também é um próximo passo. "Começamos no Telegram porque o app não tem limite de usuários em grupos. Hoje já temos alguns usuários usando a Lastlink para grupos no WhatsApp e vamos liberar aos poucos para mais criadores", afirma Ank.

Estadão
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