Surface Duo: Microsoft faz aposta em aparelho de duas telas
Empresa de tecnologia desenvolveu aparelho dobrável, mas que contém dois displays distintos
A Microsoft retornará ao segmento de smartphones depois de quatro anos sem lançar nenhum aparelho. Após uma experiência frustrada com o seu sistema operacional Windows Phone em celulares da marca finlandesa Nokia, no início da década de 2010, a empresa de tecnologia agora volta ao mercado com uma nova aposta: desenvolver um hardware próprio, mas sem perder os benefícios do sistema operacional Android.
Esse retorno da Microsoft ao mercado de aparelhos móveis será com o dispositivo Surface Duo, que foi anunciado em outubro de 2019, mas só na última semana recebeu uma data de lançamento e um preço sugerido. A previsão é de que o smartphone comece a ser vendido no dia 10 de setembro deste ano a um valor de US$ 1.399, algo em torno de R$ 7.500 numa conversão direta. No momento, apenas residentes dos Estados Unidos podem adquirir o celular, que está em pré-venda no país.
Enquanto o setor de dispositivos móveis está repleto de aparelhos com telas que se dobram ao meio - como é o caso, por exemplo, do Motorola Razr ou do Samsung Galaxy Fold -, a Microsoft aposta em outra direção com o Surface Duo. Em vez de ter um único display feito de material flexível, o novo smartphone, quando aberto, possui dois ecrãs diferentes, mas que funcionam juntos.
Com essa composição, o novo smartphone da Microsoft permite que o usuário utilize dois aplicativos distintos ao mesmo tempo em telas diferentes, ou abra uma única aplicação e a divida nos dois displays. Sendo assim, por exemplo, é possível assistir a uma videoaula no YouTube em um dos ecrãs, enquanto se faz anotações no outro.
Para que essa experiência com os aplicativos fosse possível, a Microsoft fez uma parceria com a Google para disponibilizar no Surface Duo o sistema operacional Android 10. Isso dará aos usuários do novo aparelho acesso a toda biblioteca de aplicações e jogos que tanto fez falta no Windows Phone, no início da década de 2010. O baixo número de apps e a baixa frequência de atualizações do sistema da Microsoft contribuíram para a baixa adesão dos usuários aos dispositivos da marca em sua última experiência no segmento de smartphones.