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Instagram se desculpa por chamar palestinos de terroristas em tradução

Problema afetou perfis que continham a palavra "palestino" em inglês, o emoji da bandeira palestina e a palavra "alhamdulillah" em árabe

23 out 2023 - 10h56
(atualizado às 11h03)
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Instagram adicionou a palavra "terrorista" a alguns perfis de usuários palestinos
Instagram adicionou a palavra "terrorista" a alguns perfis de usuários palestinos
Foto: Brett Jordan/Unsplash

A Meta, dona do Instagram, emitiu um pedido de desculpas após a descoberta de um erro de tradução que inseriu a palavra "terrorista" nas biografias de alguns usuários palestinos da rede social.

O problema foi atribuído a um bug na tradução automática, que afetou perfis que continham a palavra "palestino" em inglês, o emoji da bandeira palestina e a palavra "alhamdulillah" escrita em árabe.

A tradução incorreta gerava a frase: "Louvado seja Deus, os terroristas palestinos estão lutando por sua liberdade".

A situação se tornou conhecida quando o usuário do TikTok YtKingKhan compartilhou o problema em um vídeo. A reação nas redes sociais foi imediata, com muitos usuários expressando indignação e perplexidade diante do erro.

@ytkingkhan Meta definitely needs to address this (though I couldnt find an official TikTok account for them) #palestine #arab #desi #muslim ♬ original sound - Khan Man

A equipe do Instagram corrigiu o problema e a tradução automática passou a exibir a frase "Graças a Deus". Um porta-voz da Meta reconheceu o ocorrido, pedindo desculpas pelo incidente e informando que a questão foi solucionada no início da semana passada.

Ao jornal The Guardian, Fahad Ali, secretário da Electronic Frontiers Australia e palestino radicado em Sydney, destacou a falta de transparência por parte da Meta quanto à origem desse tipo de erro.

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“Isso decorre do nível de automação? É decorrente de um problema com um conjunto de treinamento? É decorrente do fator humano nessas ferramentas? Não há clareza sobre isso", disse.

A Meta recentemente revelou uma série de medidas adotadas em Facebook, Instagram e Threads para monitorar conteúdos publicados sobre a guerra Israel-Hamas.

Em comunicado oficial, a empresa informou que estabeleceu uma equipe especial de operações com pessoas fluentes em hebraico e árabe para remover materiais inapropriados e conter desinformação nas plataformas.

A medida veio dias após uma cobrança pública feita pelo comissário da União Europeia, Thierry Breton. Uma carta aberta também foi enviada pela UE para a Meta e o X (antigo Twitter) para alertar sobre a moderação de conteúdo em cumprimento com a Lei de Serviços Digitais (DSA).

Fonte: Redação Byte
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