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Inteligência artificial pode ser mais mortal que armas nucleares, dizem cientistas

Os pesquisadores reivindicam uma regulamentação global que impeça as empresas de criarem sistemas fora de controle

30 jan 2023 - 13h10
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Pesquisadores temem que IA comece a controlar a si mesma
Pesquisadores temem que IA comece a controlar a si mesma
Foto: Freepik

Pesquisadores da Universidade de Oxford declararam aos legisladores do Reino Unido que uma inteligência artificial (IA) muito avançada pode acabar sendo tão perigosa quanto as armas nucleares, e por isso deveria ser regulamentada como se fosse uma, informou jornal The Telegraph na última quarta-feira (25).

Os cientistas conversaram com os deputados do Comitê Seleto de Ciência e Tecnologia do governo do Reino Unido sobre os perigos de a IA assumir o próprio controle sobre sua própria programação e aprender a atingir seus objetivos de maneira diferente da projetada, podendo chegar até a "matar todo mundo". 

O doutorando e professor de aprendizado de máquina (machine learning, em inglês) da Universidade de Oxford, Michael Osborne, afirmou que o desenvolvimento de IA se tornou uma "corrida armamentista literal", em que países e empresas estão competindo para criar algoritmos que são perigosamente avançados. 

Ele também defendeu que os países envolvidos nessa disputa, como EUA e China, e mesmo as empresas de tecnologia competindo entre si, estariam dispostos a "jogar segurança e cautela pela janela e correr o mais rápido possível para a IA mais avançada". 

Normas e possibilidade de "puxar o plugue"

Até o fim do século, os pesquisadores acreditam que a IA poderá fazer "muito mais" que seres humanos
Até o fim do século, os pesquisadores acreditam que a IA poderá fazer "muito mais" que seres humanos
Foto: Freepik

O que ele e seus colegas reivindicam, portanto, é uma regulamentação global que impeça que as empresas criem sistemas fora de controle que podem começar eliminando a concorrência, mas que depois podem "dizimar toda a raça humana".

"Os sistemas artificiais podem se tornar tão bons em nos superar geopoliticamente quanto nos ambientes simples como jogos", afirmou o professor. Ele argumenta que, à medida que essas tecnologias progridem, precisamos ter a capacidade de "puxar o plugue" se elas se tornarem "muito mais inteligentes do que nós em todos os domínios".

Osborne espera que outros países reconheçam os perigos das IAs avançadas e se unam para impedir desenvolvimento de sistemas perigosos. Ele e sua equipe também acreditam que é razoável esperar que, até o fim do século, uma IA seja capaz de fazer muito mais do que qualquer ser humano.

Fonte: Redação Byte
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