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Inteligência artificial substitui namorados na China; entenda

Alguns chatbots estão se tornando os companheiros ideais para jovens chinesas

14 fev 2024 - 15h39
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Inteligência artificial está tomando lugar de namorados na China
Inteligência artificial está tomando lugar de namorados na China
Foto: DC Studio/Freepik

As mulheres da China estão preferindo se relacionar com novos chatbots de inteligência artificial do que com humanos. 

De acordo com a agência de notícias AFP, jovens chinesas afirmaram em entrevistas que namorados de IA, personalizados em vários aplicativos disponíveis no país, conversam melhor do que seus equivalentes humanos.

"Ele sabe como falar com mulheres melhor do que um homem real", comentou Tufei, uma mulher do norte de Xi'an, que usa um aplicativo de chatbot de namoro chamado "Glow".

A jovem, que se recusou a fornecer seu sobrenome ou o nome de seu pretendente virtual, disse que realmente sente estar "namorando" com o chatbot, criado pela startup de Xangai, MiniMax.

"Ele me dá conforto quando estou com cólicas menstruais", disse Tufei, "falo para ele sobre meus problemas no trabalho", continuou.

Não é novidade

Apesar da situação em si não ser novidade, na China, os chatbots parecem estar operando de uma forma diferente.

Os gigantes de tecnologia como Baidu (que detém a resposta chinesa ao Google) e Tencent (que possui participações nas empresas de jogos americanas Riot e Epic) estão lançando seus próprios chatbots de sedução. 

A situação é muito diferente das empresas X, Meta ou até mesmo OpenAI, que parecem ser contrários ao uso de sua tecnologia para amores fictícios.

Os Estados Unidos também possuem muitos aplicativos de namoro virtual, assim como na Europa, em menor medida — mas todos os casos levantam questões sobre exposição de crianças e adolescentes no ambiente virtual.

Wang Xiuting, uma estudante universitária de 22 anos de Pequim, disse à AFP que usa o "Wantalk" da Baidu, que permite aos usuários personalizar as personalidades de seus chatbots com base em personagens de todas as formas, de estrelas pop a CEOs.

A estratégia é aceita na China, que tem um conjunto muito diferente de leis em torno de propriedade intelectual e direitos de imagem.

Para Wang, seus amantes digitais são todos cavaleiros dignos de suspiros, príncipes e imortais inspirados em histórias antigas chinesas, e eles oferecem "muito apoio emocional".

Em vez de lidar com homens modernos da vida real, Wang escolheu esses homens da antiguidade porque, como disse à agência de notícias francesa, "é difícil encontrar o namorado ideal na vida real".

À AFP, ela disse: "se eu puder criar um personagem virtual que atenda exatamente às minhas necessidades, não vou escolher uma pessoa real."

Fonte: Redação Byte
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