Inteligência artificial sugere comidas bizarras para os próximos 30 anos; veja imagens
A previsão da inteligência artificial é que, nos próximos 30 anos, precisaremos nos alimentar de forma diferente para salvar o planeta
Imagens criadas por inteligência artificial (IA) mostram como as pessoas podem jantar daqui 30 anos, se os humanos passarem a comer de forma sustentável.
Especialistas do FixOurFood, um programa de pesquisa liderado pela Universidade de York, e a varejista britânico Co-op, usaram o Midjourney (IA que cria imagens) para gerar um menu de 2054. Os resultados foram justamente o esperado: fora do comum.
Salada de grilo, espaguete verde e almôngedas feitas de plantas aquáticas são algumas das sugestões, além de carnes criadas em laboratório, algo que não está tão distante da realidade assim.
A Co-op afirma, em relatório, que 72% dos consumidores estão cada vez mais preocupados com alimentação éticos e sustentáveis do que nos últimos anos, contra 54% em 1994. Nos próximos 30 anos, a companhia espera que esse número aumente ainda mais.
"Nos últimos 30 anos, vimos saltos científicos em produtos mais sustentáveis que eram inimagináveis para a maioria em 1994. Produtos derivados de culturas vegetais, como glúten de trigo ou leguminosas, ou cultivados a partir de tecidos animais, poderiam se tornar a norma até 2054", disse Bob Doherty, diretor do FixOurFood.
A pesquisa também mostra que o impacto das mudanças climáticas significará menos dependência de vegetais importados e uma preferência por produtos de origem local.
Consumo de insetos
Diversos estudos já mostraram como a carne vermelha e os laticínios são alguns dos responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa. Os cientistas da FixOurFood sugerem que insetos podem ser uma boa alternativa no futuro.
Segundo a pesquisa, grilos, vermes e formigas consomem menos recursos naturais do que a criação de gado. Os insetos são ricos em proteínas, nutrientes, potássio, magnésio e têm três vezes mais ácidos graxos ômega-3 do que o salmão.
Recentemente, foi reportado nos Estados Unidos que já existem restaurantes servindo cigarras nos estados do Sul, por conta das infestações.
"Em 2054, os britânicos terão insetos comestíveis no prato do jantar, e poderemos ver o esmagamento de grilos mais rápido do que grãos integrais", disse Doherty.
Alternativas vegetais
Outro aspecto considerado na pesquisa é que, apesar de frutas e vegetais tenham emissões mais baixas do que a carne, as opções vão começar a diminuir conforme as mudanças climáticas se agravarem.
Por isso, os cientistas esperam que espécies vegetais incomuns tragam alternativas, incluindo uma samambaia aquática chamada azolla.
Especialistas da Universidade de Yale afirmam que a azolla pode absorver dióxido de carbono, um gás de efeito estufa, do ar, e pode ser mais resiliente ao clima do que os vegetais convencionais.
Ela também pode ser moldada em formas familiares através de impressão 3D, como espaguete, almôndegas, hambúrgueres e até mesmo ser liquidificada para preparar uma sopa.